SINAIS DE NECESSIDADE
Diante da repercussão que o editorial de ontem proporcionou fiquei com a impressão de que, finalmente, a EDUCAÇÃO começa a dar sinais de sua necessidade. Pois, para ajudar na tarefa do reconhecimento, de que não há nada mais importante para decidir os destinos de qualquer sociedade, volto ao tema.
BRINCADEIRA
Tomando como exemplo, o caso das universidades federais, cujos servidores prometem voltar ao trabalho na próxima semana, véspera, portanto, de setembro, vejam como o governo brinca com a educação superior dizendo que as aulas podem ser recuperadas aumentando o prazo do ano letivo. Como já lecionei em várias universidades (SP e RS), tanto públicas como privadas, sei, perfeitamente o quanto uma greve prolongada é prejudicial, tanto para alunos quanto para os professores.
FRAUDE
A tal recuperação das aulas, através do prolongamento do período letivo é, indiscutivelmente, uma grande FRAUDE. Como já enfrentei o problema (basicamente no ensino público) estou convencido de que a recuperação só acontece caso o mestre e os alunos se dispuserem a frequentar aulas aos sábados, domingos e feriados. Mesmo assim, ninguém discorda de que o aproveitamento, em função da excessiva carga distribuída no tempo, é extremamente baixo.
QUALIFICAÇÃO
De nada adianta só melhorar a remuneração dos atuais professores do ensino público (de todos os níveis -fundamental médio e superior-). Antes disso, caso o governo pretenda, realmente, melhorar a educação no país, é preciso que tudo comece pela qualificação dos professores. Coisa que, infelizmente, não passa pela cabeça dos líderes sindicais.
TESTE
Faz-se necessária, com extrema urgência, que todos os professores passem por uma criteriosa avaliação, através de uma prova de conhecimento e métodos de ensino. Um teste, renovável a cada três ou quatro anos, com o propósito de informar a real capacidade para o ensino. Só poderiam ingressar nas salas de aula os educadores que, de fato, reúnem condições para tanto. Afinal, a EDUCAÇÃO, por ser fundamental, só pode ser ministrada por profissional capacitado. Com o exame em dia.
CARTA DE HABILITAÇÃO
Da mesma forma, aliás, como já acontece com várias atividades profissionais, como motoristas e pilotos de todos os tipos, por exemplo, aos quais é exigida uma carta de habilitação, renovável periodicamente. Não está habilitado o professor que estiver com carta vencida. Pouco importa, igualmente, se bebeu ou não.
CONHECIMENTO E MÉRITO
A partir daí é que devem ser levados em consideração os pleitos dos professores. Qualquer decisão, no todo ou em parte, deve estar compatibilizada com a importância da EDUCAÇÃO. Entram em cena, portanto, além do CONHECIMENTO, o MÉRITO do educador. Que tal?