RESPOSTA NUA E CRUA
Para quem ainda não sabe, mas gostaria de saber qual é, de fato, o grande propósito do governo Dilma, no empenho que está fazendo para a aprovação do -ajuste fiscal- que está perseguindo com unhas e dentes, aí vai a resposta nua e crua: apenas evitar a perda (imediata) do -Investment Grade-.
PSICÓLOGO
Se algum leitor, por razões que só um excesso de otimismo (doentio) pode explicar, acredita que com esse tímido programa de -cortes de despesas- que está sendo proposto, somado com mais -aumento de impostos-, a economia do Brasil vai melhorar, e a partir daí voltar a crescer, recomendo que procure, urgentemente, um psicólogo.
Mais: deve verificar com todo cuidado qual a formação ideológica do profissional, caso contrário vai sofrer ainda mais.
REFORMAS BEM FEITAS
Por outro lado imagino que os iniciados em assuntos de economia já tenham percebido que as coisas só podem melhorar desde que aconteçam reformas profundas no Brasil. Em várias áreas. E, mesmo que elas venham a acontecer, o que é fortemente improvável diante da avançada postura ideológica desse governo e de grande parte do povo que já respiram socialismo por todos os poros, seria necessário que fossem muito bem feitas.
EUFORIA DE CRÉDITO
É preciso que todos se deem conta de que a economia brasileira, nos últimos doze anos, passou apenas por período (irresponsável) de euforia de crédito, que nada tem a ver com desenvolvimento sustentado.
Sem -taxa de investimento- adequada para garantir crescimento econômico minimamente aceitável e possível, o resultado (consequência) não poderia ser diferente do que estamos colhendo: forte redução da capacidade de compra, motivada pelo constante aumento da inadimplência.
TAREFA DE GINCANA
A realidade mostra, com total clareza, que muitos daqueles quem vinham produzindo e comercializando, por absoluta incompetência em termos de administração, apenas se deliciaram com as -vendas- realizadas. Esqueceram (isto é imperdoável em administração) que a -cobrança- das faturas, diante do crescimento vertiginoso do endividamento da população (sem lastro), acabaria, mais dia menos dia, se transformando numa tarefa de gincana.
CULPADOS
Sejamos, portanto, sinceros: não coloquem a culpa toda só no governo. Os empresários, por acreditarem no (falso) Programa Econômico defendido e implementado pelos governos Lula e Dilma, que desde o primeiro dia deixava claro e evidente que levaria à triste situação que hoje estamos vivendo, são tão irresponsáveis quanto.
CONSUMIDORES
Quem menos culpa tem, diga-se de passagem, são os consumidores, que aproveitaram a avalanche de crédito que lhes foi despejada nas suas cabeças, troncos e membros. Muita gente, como se sabe, certamente, por falta de capacidade econômica, não poderia comprar tudo que adquiriu. Mesmo assim, inúmeros comerciantes, para não perder vendas, trataram de seduzir seus clientes com fórmulas -mágicas-. O resultado aí está. Todos embarcaram na mesma canoa. Furada.