ENGAJAMENTO
As mais recentes pesquisas de opinião pública dão conta de que aumentou de forma significativa o número de brasileiros que, enfim, já admitem que a Previdência precisa ser REFORMADA. Entretanto, o que não cresceu, na mesma proporção, foi o interesse de boa parte dos meios de comunicação, que preferiu não aderir à CAMPANHA DE ESCLARECIMENTO PÚBLICO, que tem como propósito CONVENCER A SOCIEDADE para a urgência das mudanças.
VALA FISCAL
Ao longo dos últimos 15 anos, na medida em que a situação só se agravava, a olhos vistos, eu e mais dois economistas, Darcy Francisco dos Santos e Ricardo Bergamini, resolvemos produzir, e publicar, quase que diariamente, conteúdos mostrando que a PREVIDÊNCIA SOCIAL, além de extremamente INJUSTA (estabelece a existência clara de DUAS CLASSES MUITO DISTINTAS DE BRASILEIROS) jogaria o Brasil numa profunda VALA FISCAL.
BOMBA FISCAL/PREVIDENCIÁRIA
Mesmo assim, uns porque nos viam como exagerados ou PESSIMISTAS; outros porque queriam ouvir o estrondo da BOMBA FISCAL para ter certeza do problema, o fato é que foram muito poucos aqueles que levaram a sério os nossos comentários. Como a BOMBA FISCAL/PREVIDENCIÁRIA foi montada para tornar as CONTAS PÚBLICAS CADA VEZ MAIS DEFICITÁRIAS, o estrondo se deu através do tempo e não do barulho.
PRIMEIRA CLASSE
Os leitores do Ponto Critico são testemunhas (pode ser verificado a qualquer momento em -ARTIGOS ANTERIORES- o quanto repliquei, por exemplo, os conteúdos produzidos pelo Bergamini, informando o CUSTO da tal da PRIMEIRA CLASSE (servidores públicos), que é composta por 13,4 milhões de brasileiros (ativos, inativos, civis e militares), ou seja, apenas 6,44% da população brasileira (2,2 milhões federais, 4,7 milhões estaduais e 6,5 milhões de municipais).
CUSTO MONUMENTAL
Pois, para quem ainda não sabe e, portanto, não está convencido da necessidade de uma REFORMA DA PREVIDÊNCIA, só esta -PRIMEIRA CLASSE DE PRIVILEGIADOS- custou aos cofres públicos, em 2017, a soma de R$ 1.042,5 bilhões, ou seja 15,90% do PIB. Esse percentual representou praticamente a metade (49,20%) da carga tributária que foi de 32,38% do PIB em 2016.
Enquanto isso, no orçamento de 2019 da União está previsto investimentos de R$ 70,0 bilhões, tendo como fonte de recursos um déficit primário de R$ 139,0 bilhões. Que tal?
ISTO NÃO BASTA?
Insisto: no nosso empobrecido Brasil, que ganhou notoriedade por atos de corrupção jamais vistos no nosso planeta, nenhum desvio de dinheiro público conseguiu fazer sombra aos fantásticos e injustos ROMBOS PROMOVIDOS pelos GASTOS COM SERVIDORES PÚBLICOS, tanto ATIVOS quanto, principalmente, INATIVOS.
Ora, será que isto não basta para fazer com que os restantes 200 milhões de brasileiros (pagadores da conta) exijam, imediatamente, uma REFORMA DA PREVIDÊNCIA?