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18 abr 2005

CABEÇA MEDÍOCRE


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MAIS IMPOSTOS?
A atitude de um dos diretores da Abimaq ? Ass. Bras. da Indústria de Máquinas, ao defender mais tributação para produtos e máquinas produzidas na China, cujos preços são muito vantajosos em comparação com os brasileiros, é lamentável. Tal pedido, gente, feito às autoridades governamentais, deve mesmo soar como música nos seus ouvidos.
NOVO MOVIMENTO?
É como querer premiar o aumentar de impostos. O estranho é que, no exato momento em que a sociedade mais se rebela contra a elevada carga tributária, aparece um desavisado diretor para implorar por tributos. Como? A doença do dirigente é tão grave que em momento algum o seu pedido foi para uma redução dos tributos internos para que possamos competir com a China. Desta forma, pelo visto, acabou sendo iniciado um novo movimento: pelo aumento de tributos. Pode?
NOVO HÁBITO
A partir de amanhã, por iniciativa da Sonae, Porto Alegre dá o ponta-pé importante para que um novo hábito comece a fazer parte dos costumes da sua população. A loja do Nacional Supermercados, localizada no Shopping Iguatemi, promete que depois de abertas as suas portas não mais irá fechá-las. Atendimento 24 horas. Espero que na inauguração, hoje à noite, o ato de jogar as chaves no lixo seja o ponto máximo que simboliza o atrevimento maravilhoso.
BASTA COPIAR
Há quem ainda fique discutindo o assunto. Alguns aprovando a iniciativa, outros condenando a Sonae, afirmando ser desnecessário existir lojas abertas durante a noite. A resposta mais simples para estes angustiados: usa quem quer e corre o risco quem abre. O resto é pura perda de tempo na discussão. Quem oferece este serviço, às suas custas, está querendo promover uma possível mudança de hábitos do consumidor, cuja resposta poderá ser sentida ao longo do tempo. Parabéns ao Sr. Sérgio Maia. Pela ousadia, pela grande visão e pela oportunidade que está dando a Porto Alegre. Que os invejosos lhe copiem.
PESQUISA ATROFIADA
Segundo pesquisa realizada na Argentina, 78% dos moradores de Buenos Aires e seus arredores, região que concentra mais da metade da população do país, apóiam a volta dos serviços públicos ao controle do Estado. Só 14% ainda defendem as privatizações e 8% estão indecisos. A maioria dos consultados, 65%, considera que o serviço prestado pelo Estado é melhor do que oferecido pelas empresas atuais. Muito bem. A pesquisa só não revela o que é mais importante: quem vai custear os investimentos? O governo tem recursos para bancar? Antes que os brasileiros comecem a adorar também a estatização convém fazer a pergunta por aqui.
O FUTEBOL
Há algum tempo atrás escrevi que o futebol é um esporte cujos participantes jamais leram as regras. Por desconhecerem como se joga provam que, provavelmente, seja o único jogo que admite a participação sem o conhecimento devido. Os atletas, pelas suas atitudes e reações em campo, mostram isto. E mesmo assim continuam praticando o esporte sem a preocupação com o que vale e o que não vale dentro do campo. Além dos atletas, os dirigentes dos clubes e seus torcedores muito pouco sabem. E locutores e comentaristas idem, o que acaba por confundir a todos os interessados no futebol.
ÁRBITRO DA FIFA?
Sobram, portanto, os árbitros. Para que possam desempenhar bem a profissão, não há como deixarem de estudar as regras. Mas, só leitura, como se sabe, não basta. É preciso fazer a interpretação. Assim, no campo de jogo, é preciso conhecer a regra e bem interpretar os atos praticados pelos atletas. Ontem, no entanto, o árbitro Carlos Simon, que mediou a final de campeonato gaúcho de futebol, embora seja conhecedor da regra, cometeu erro incrível de interpretação do que é tempo de jogo. Mostrou despreparo no entendimento do tempo destinado à prorrogação da partida. Esclareço: ao invés de encerrar o jogo no seu tempo devido, resolveu fazê-lo um minuto e meio antes. Algo já imperdoável para um iniciante, que dirá para um árbitro da Fifa.Aí, mais querendo aparecer para a mídia como correto, resolveu fazer uma declaração idiota. Disse o fracassado que o regulamento da competição não previa concessão de tempo no intervalo na prorrogação de 30 minutos. Assim, no término do 1º tempo, de 15 minutos, Simon desconsiderou o tempo gasto para a necessária troca de lado do campo para as equipes. Tal procedimento, que levou um minuto e meio, não foi descontado dos 15 minutos destinados ao tempo final da prorrogação.Querendo justificar o injustificável encerrou a 2ª parte da prorrogação com 13 minutos e meio, ao invés de 15 minutos. Ele sabe que errou, mas para dar uma de esperto tentou se proteger informando que ninguém leu o regulamento. Quanta bobagem, gente. Conclusão: se até agora só os árbitros escapavam do desconhecimento da regra, agora até os da Fifa estão no mesmo saco. Pelo menos o Sr. Carlos Simon. Sou sócio e torcedor do Inter. Mas não gosto deste tipo de coisa. Este, gente, é o futebol do RS.