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13 jun 2005

BRIGA DE COMADRES


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CONFIDENTES
As comadres, no jargão popular, são aquelas senhoras que tudo sabem umas das outras. Confidentes de todos os momentos trocam, sistematicamente, conversas sobre suas vidas e suas intimidades, tudo com a maior naturalidade. Sempre muito seguras e confiáveis nutrem, assim, uma absoluta certeza de que o silêncio está garantido e os seus segredos mantidos.
VINGANÇAS
Tudo vai bem até que, por alguma razão, elas se desentendem. Sendo possuidoras de segredos importantes de suas vidas pessoais, os quais podem se transformar em destruidores da honra, viram predadoras. A partir daí começam a praticar as mais célebres vinganças: contam ao mundo, como convém, tudo os que sabem umas das outras. Tudo vira um verdadeiro inferno, pois se mistura coisa com não coisa. E no processo certas informações ficam comprometidas por não haver a necessária transparência.
CONFESSIONÁRIO PÚBLICO
É desta mesma forma que estamos assistindo as declarações de petistas que deixaram o partido e outros que não estão concordando com o que está acontecendo. Virou um verdadeiro confessionário público das atitudes das quais todos eram e sempre foram cúmplices. A entrevista de Gabeira, nas páginas amarelas da Veja desta semana, por exemplo, é uma delas.
TUDO IGUAL
Convenhamos: se Gabeira fosse, em algum momento, um ser inteligente, jamais poderia se deixar levar pelo conto da sereia do PT. Na realidade ele sempre foi um igual. Até admite isto na sua entrevista quando diz que a escolha pelo socialismo foi uma incompreensão sobre o momento histórico. Ora, ele já não era mais tão criança, levou muito tempo para raciocinar. Não tem mais, portanto, estatura suficiente para tentar ficar fora da mesma espécie. Apesar do seu arrependimento tardio. Depois de tudo que fez e pensou não acredito em Gabeira. Assim como também não creio nas demais comadres. São, como se sabe, farinha do mesmo saco.
DECLARAÇÕES RIDÍCULAS
Chega a ser impressionante também, como os petistas adoram se notabilizar por declarações ridículas. E quase todas desprovidas de qualquer fundamento. A mais recente, e nem por isso menos boba, foi a declaração dada a uma emissora de Porto Alegre, pelo deputado federal Henrique Fontana, para mostrar o seu ódio com relação às privatizações. Sem a mínima compreensão da realidade, o deputado afirmou que a Vale do Rio Doce obteve no ano passado um lucro maior do que o valor apurado na venda da então estatal.
FALTA DE INTELIGÊNCIA
Se fosse um pouco, um pouquinho só mais inteligente, ao invés de colocar suspeita no negócio, deveria entender que o lucro atual obtido foi por forte correção administrativa de seus condutores, coisa que nunca aconteceu quando a empresa era da União. Fontana já deveria ter percebido, nestes anos todos, que a saúde da empresa ocorreu exatamente por ter saído das mãos do Estado e passado definitivamente para quem conhece o assunto.
SEM CONTESTAÇÃO
Se os petistas, assim como todos os demais espertos que ainda adoram empresas estatais, fossem mais corretos, deveriam impedir que existissem estatais. E, se ainda assim elas precisassem existir, jamais deveriam permitir que os políticos assumissem suas diretorias. Só a profissionalização é que poderia impedir tanto fracasso empresarial. O pior é que a declaração de Fontana não sofreu qualquer contestação por parte do entrevistador. Que, pela atitude, certamente, pensa do mesmo jeito.