PRA LÁ DE PREOCUPANTE
Segundo os dados oficiais, como bem informa José Casado, jornalista especializado na cobertura política e econômica, em oportuno artigo publicado hoje, 02, no site da revista Veja -SETE EM CADA DEZ BRASILEIROS EM IDADE ATIVA PARA O TRABALHO COMEÇARAM ESTE 2º SEMESTRE DE 2024 INSCRITOS NOS PROGRAMAS SOCIAIS DO GOVERNO FEDERAL-.
94 MILHÕES DE PESSOAS
Com isso -JÁ SÃO 94 MILHÕES DE PESSOAS COM IDADE VARIÁVEL ENTRE 15 E 64 ANOS REGISTRADAS DESDE AGOSTO NO CADASTRO ÚNICO (CADÚNICO), GUICHÊ DE ACESSO A QUATRO DEZENAS DE MODALIDADES DE BENEFÍCIOS SOCIAIS-. Ou seja, -QUASE METADE (44%) DA POPULAÇÃ0 BRASILEIRA-. Algo equivalente à de um país como o Egito, uma das quinze nações mais populosas do planeta, segundo a ONU.
ATENÇÃO: - Desse total, MAIS DA METADE (57%) DEPENDE DO BOLSA FAMÍLIA PARA SOBREVIVER. É uma fotografia do país enclausurado na economia de baixa renda. Outro retrato está nos dados oficiais sobre a evolução do emprego.
CADÚNICO
De janeiro a julho, foram criados 1,49 milhão de empregos formais. Houve, portanto, um aumento expressivo (de 27%) em relação ao volume de novos contratos de trabalho realizados nos primeiros sete meses do ano passado. Pelas contas do governo, foi o melhor resultado no período pós-pandemia.
Ocorre que ampla maioria (77%) desses novos empregos foi direcionada a indivíduos inscritos no CADÚNICO, quase todos beneficiários dos programas sociais.
DINÂMICA PRECÁRIA
Esse quadro mostra uma dinâmica precária do emprego formalizado no país. Ela está circunscrita a um salário médio de admissão que é pouco superior a dois mil reais por mês -exatos R$ 2.161,37 em julho, nas medições do MINISTÉRIO DO TRABALHO.
Os programas sociais têm CUSTO CRESCENTE PARA O GOVERNO. Algo como MEIO BILHÃO DE REAIS AO ANO. Todo o esforço em Brasília e nos Estados tem sido concentrado em ampliar a ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA, sobretudo, para FINANCIAR A EXPANSÃO DOS GASTOS COM ASSISTÊNCIA SOCIAL À MASSA EMPOBRECIDA.
GERENTES DO ATRASO
Sem uma política para estimular renda do trabalho “qualificada”, para usar uma expressão atualmente dominante no burocratês da Esplanada dos Ministérios, o governo continuará voando em círculos sobre uma economia aprisionada na baixa renda, concentrada na produção e exportação de commodities agrícolas e minerais, com rarefeito desenvolvimento tecnológico e asfixiada por sucessivos déficits nas contas públicas.
É uma circunstância política capaz de reduzir presidente, governadores e prefeitos ao papel de GERENTES DO ATRASO. Lula, como se vê, é CASO EXEMPLAR.