VAI QUEBRAR
Do Rio de Janeiro, onde passei o final da semana, viajei à Europa, mais especificamente Paris e algumas poucas cidades da Itália, de onde pretendo colher algumas observações sobre a Comunidade Européia.
PRIMEIRA SENSAÇÃO
No entanto, a primeira sensação que tive ao iniciar a viagem é que a Varig já está muito perto da sua segunda falência. Constatei pessoalmente que os aviões da nova (?) Varig são ou continuam verdadeiras latas velhas.
MANUTENÇÃO
Não sou tão intolerante a ponto de não admitir quaisquer possíveis acidentes e/ou situações que sempre podem fugir ao controle. Mas quando certas coisas acontecem no mesmo dia, de forma consecutiva e em mais do que uma aeronave, fica evidente que não está havendo a devida manutenção das mesmas.
DUAS OPORTUNIDADES
Esta minha constatação ocorreu em duas oportunidades distintas em poucas horas: primeiro, quando embarquei no RJ, com destino a SP, no avião que tinha como destino Frankfurt. Na decolagem os passageiros reclamavam que o sistema de iluminação (luz para leitura de quem estivesse nos assentos) estava pifado. Imaginei ser um problema de solução rápida, o que infelizmente não aconteceu. Assim, os passageiros que iam para Frankfurt só tiveram dissabores.
11 HORAS SEM SOM
A segunda constatação me atingiu em cheio. Feita a conexão em SP embarquei em outra aeronave, também da Varig, com destino a Paris e Roma. E imediatamente percebi que esse outro avião também era portador de um grave defeito: não poderia oferecer qualquer tipo de entretenimento durante o vôo. O sistema de áudio e imagens estava pifado há vários dias. Ou seja, o meu vôo, de 11 horas, foi sem músicas, sem filmes e sem qualquer informação na tela.
SUCATAS
Reclamei, assim como outros passageiros, cheio de razão, Mas, as respostas dos gentis funcionários foram uníssonas: - Os nossos aviões são os mesmos da velha Varig. E por isto continuam nas mesmas (péssimas) condições. Mas tudo deve melhorar futuramente. Pedimos que tenham um pouco de paciência até que a empresa consiga resolver os problemas apresentados -.
SEM COMPENSAÇÃO
Como as passagens cobradas não têm preços diferentes daqueles praticados pelas demais companhias aéreas, que também não passam por um bom momento em função do apagão aéreo, não há razão para suportar as falhas. Se tudo tivesse sido esclarecido em tempo e alguma compensação fosse concedida, os passageiros ainda poderiam optar. Isto, no entanto, não aconteceu. Só a paciência foi solicitada, o que já prova ser uma esperteza. Sendo assim só resta mesmo entrar na justiça para tentar alguma compensação. E se convencer de que a Nova Varig também não vai longe. Vai quebrar. De novo.