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03 jun 2019

APRENDENDO COM O CHILE


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VIAGEM AO CHILE

Soube, pelo bom Jornal do Comércio de Porto Alegre, que uma comitiva de 40 gaúchos, sob a liderança do governador do Estado do RS e do presidente da Fiergs, viajou para o Chile com o propósito de buscar novas oportunidades de negócios e investimentos para o RS, especialmente a partir do Acordo Amplo de Livre Comércio (ALC) assinado com o Brasil em novembro do ano passado.


PROBLEMA FISCAL

Ainda que inciativas deste tipo devam ser festejadas, uma coisa é certa: o Estado do RS, considerando a gravidade fiscal a qual está submetida, principalmente por força das obrigações -pétreas- com a fantástica FOLHA DE PAGAMENTOS DO SETOR PÚBLICO, é pouco provável que consiga atrair investidores. 


SITUAÇÃO BEM MAIS VANTAJOSA

De novo: por mais importante que seja o interesse da Fiergs em abrir novos canais de relacionamento para as empresas gaúchas na América Latina, é inegável que caso algum empreendedor venha a se deixar seduzir pelo NOVO BRASIL, outros Estados, que sabidamente gozam de situação bem mais vantajosa, também serão analisados. 


DA EXTREMA POBREZA AO PAÍS MAIS RICO

Para quem não sabe, até 1975 o Chile era, reconhecidamente,  o país mais FECHADO, MAIS POBRE e, consequentemente, com a MENOR LIBERDADE ECONÔMICA da América Latina. A partir de então, graças às reformas BEM FEITAS, se transformou no PAÍS MAIS RICO, MAIS LIVRE E COM A DEMOCRACIA MAIS SÓLIDA. 


COPIAR

Ora, como é impossível negar que o Chile só conquistou a fantástica posição de MELHOR PAÍS da América Latina graças às drásticas mudanças econômicas, bom seria se os integrantes da comitiva de gaúchos que viajou para aquele país tratassem de copiar -ipsis literis- tudo que lá foi feito a partir de 1975. 

A partir das mesmas mudanças que lá foram feitas, com absoluta certeza, o Brasil é que passará a ser visitado, constantemente, por investidores chilenos.


POUSO EM BRASÍLIA

Mais: para fazer com que a viagem seja mais proveitosa, a comitiva deveria pedir que, ao voltar ao Brasil, o avião pousasse em Brasília. Afinal, o Relatório da Nova Previdência deverá ser votado pela Comissão Especial na semana seguinte.  

Se o movimento das ruas foi importante, e foi, daqui para frente a presença do povo na Praça dos Três Poderes é fundamental. Sem pressão o relatório acabará sendo votado com grandes mutilações.