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10 mai 2005

ANTEVENDO MAIS PROBLEMAS


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RISCO NATUREZA
Dias atrás escrevi sobre o risco produzido pela natureza, onde as variações climáticas muitas vezes se apresentam como uma forma de difícil administração. Os períodos de estiagem, dependendo do solo, ainda podem ser controladas por sistemas corretos de irrigação. Já as inundações são bem mais difíceis.
PREVISÕES COMPLICADAS
Como a maioria dos agricultores gaúchos desdenharam as previsões do tempo e mostraram pouca capacidade para enfrentar a estiagem, apesar das informações fornecidas pelos meteorologistas americanos, imaginem o que vão fazer com as inundações, como já prevêem os australianos para a América do Sul.
A LEI DAS PROBABILIDADES
Pois é bem isto que pode acontecer. Caso se confirmem as previsões do Instituto Australiano de Meteorologia, como informa o leitor atento Ewandro Puggina, estamos fritos, ou melhor, molhados. Eis o informe: - Fenômenos tipo El Nino podem provocar seca na Austrália e inundações na América do Sul, com probabilidade entre 30% e 50% de ocorrência. Ou seja, o risco é o dobro do que seria de esperar para esta época do ano -. Embora ninguém queira que isto aconteça, o mais importante é observar a lei das probabilidades.
AO CONTRÁRIO
Todos os brasileiros certamente ainda lembram da frase do então ministro Ricupero, quando disse: - O bom a gente fatura. Já o ruim não se comenta -. Agora, já entrando no clima eleitoral de 2006, corremos o sério risco de fazer o contrário. Pelo que se ouve e lê, o país pode ficar com o mal e deixar pra lá o que está mais certo.
VOLTA FMI !
O lado mais correto, o macro-econômico, está sendo constantemente bombardeado pelas oposições e pelos próprios aliados(?) do governo. Como a tradição nos informa, é quase certo que vamos, mais uma vez, ceder ao fracasso. Gente, estamos praticamente prontos para abandonar tudo aquilo que foi conquistado no sentido de obtermos alguma credibilidade junto ao mercado internacional. A continuar assim, o próximo passo será, de novo, pedir ajuda ao FMI.
PAÍS COMPLICADO
Enquanto matamos o tímido sucesso, os nossos graves problemas continuam intocáveis, pela condução da micro-economia. Não flui, pois faltam soluções suficientes para que os negócios aconteçam. E, por outro lado sobram medidas assistencialistas que só provocam gargalos e obstáculos intransponíveis.
PARA O INFERNO
Como se isto não bastasse, no âmbito do governo só acontecem reuniões festivas com representantes fracassados. As fotos e as declarações de Kirchner, Hugo Chávez e Lula mostram o caminho que estamos metidos. Somos tão ruins quanto qualquer um de seus países. Partimos para uma verdadeira caminhada para o nada, ou para o inferno. Confesso,. inclusive, que já cansei de ouvir falar em Mercosul e com a possibilidade de ver acontecer esta besteira. Esta hipótese, gente, já foi retirada de qualquer sonho de inocentes.