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13 jan 2005

AGUARDANDO A ENTREVISTA PROMETIDA


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MAIS UMA VEZ DISCRIMINADO
Antes mesmo da posse do atual prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (que desde já cumprimento pela passagem de seu aniversário nesta data), pelo qual até fiz campanha visando que o PT fosse destronado da capital gaúcha, convidei-o para uma entrevista no meu programa de TV, PONTOCRITICO.COM, Canal 20 - Netsul. Interessado, na ocasião, a data foi marcada pelo próprio Fogaça para a semana seguinte, e devidamente confirmada pela sua assessoria. Pois bem, depois daquela confirmação, comecei a receber telefonemas e mais telefonemas de adiamento do encontro.
O QUE ESTÁ HAVENDO?
Passaram-se, assim, dias, semanas e o mês todo. E até agora, nada. Várias outras entrevistas, depois disso, já foram concedidas pelo prefeito aos mais diversos programas de rádio e televisão, mas ao PONTOCRITICO.COM, nunca. Qual a razão? Francamente, não sei. Até parece que o PT continua no governo municipal. Pelo menos pela discriminação nas entrevistas.
TRIPÉ
As três maiores dores de cabeça dos empresários brasileiros estão concentradas no tripé - imposto, juro e câmbio -. A cada dia é dada importância maior a uma delas sem que deixem de se referir às demais. Agora, por exemplo, os ataques estão focados no câmbio. Os empresários gaúchos são uma exceção, pois até esqueceram um pouco as moedas pelo grande impacto do congelamento dos créditos do ICMS dos exportadores imposto pelo governo Rigotto.
PRESSÃO
O curioso é que já está havendo uma pressão brutal para que o governo acabe com o câmbio flutuante. E todos sabem que isto só acontece até que o preço do dólar se torne novamente interessante para seus negócios. Em resumo, o câmbio aqui só deve flutuar desde que para cima, ou seja, pela depreciação constante do real. Enquanto ficam mais focados no câmbio, deixam, momentaneamente, de se referir aos juros e muito menos aos impostos, estes os principais dificultadores do desenvolvimento econômico do país.
TRANSGÊNICOS LIBERADOS
Finalmente temos agora uma lei que libera o plantio e a comercialização dos produtos geneticamente modificados. Deixou, portanto, de ser uma atividade ilegal. E entra quem quer, desde que se comprometa por escrito e se responsabilize por eventuais danos. Até aí tudo bem. O que precisa ficar bem claro é que só existe, até o presente momento, um só tipo de semente que traz mais vantagens aos produtores brasileiros, a qual é desenvolvida e vendida pela Monsanto.
NÃO TEM SAÍDA
Como o uso da semente só será possível desde que haja pagamento dos royalties, antes que os americanos sejam escorraçados por cobrarem aquilo que o talento de seus técnicos fez por merecer, é bom entender a questão. Até porque tem gente que pensa que a nova lei isentará do pagamento do prêmio sobre as safras anteriores ainda não comercializadas com o exterior. Nada disso. Para que haja desembarque no destino será exigido lá o pagamento de quem não fez no Brasil. Gente, não existe tanto bobo à granel fora do nosso país. Querer ser experto demais não vai funcionar.
TAMBOR
O número de coletivas de imprensa, concedidas pelos mais diversos setores empresariais neste início de ano, cresceu bastante. E todas elas têm um único objetivo: repercutir os graves problemas que o congelamento do ICMS das exportações está provocando pela destruição do capital de giro das empresas. O curioso é que a medida mais certa e cabível não está sendo tomada pelos empresários, qual seja ir à Justiça em busca de uma liminar. Qualquer juiz daria a liminar como vem sendo obtido para outras coisas mais banais. Mas, o incrível é que nenhuma delas usou o expediente. Qual a razão? Será que só ficam satisfeitos com a repercussão que a imprensa está fazendo, esperando que o governo se arrependa do que fez?
REFORMA À VISTA?
Com toda esta balbúrdia, expressada pela pressão que os governadores e empresários estão fazendo para que o governo federal ceda com relação às compensações (que no meu entender não existe), penso que estamos próximos de uma reforma fiscal e tributária. Aqui é assim: é preciso provocar o caos total para que as soluções aconteçam. E como os governadores estão promovendo o caos, que fará imediatamente com que as empresas deixem de operar, o Congresso estará sendo convidado a votar uma reforma para valer. Tomara que as coisas piorem de vez e pare tudo de uma vez por todas. Quem sabe a velocidade com que são aprovadas verbas de gabinete e salários dos parlamentares aconteça pelo lado fiscal e tributário? Quem sabe?