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15 dez 2021

AFINAL, QUEM DITA O PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS?


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REFINARIAS

Ontem, pelo que foi noticiado nos mal informados meios de comunicação espalhados pelo nosso empobrecido Brasil, a Petrobras (?) -anunciou- um corte de 3,1% no PREÇO DE VENDA DA GASOLINA em suas refinarias. Na real, como o Brasil tem 17 REFINARIAS , das quais 13 são (ou eram) de propriedade da Petrobras, quem acaba ditando, de fato, o preço dos combustíveis -refinados- é apenas e tão somente a estatal.


RELAÇÃO QUALIDADE E PREÇO

Entretanto, se levarmos em conta que a Petrobras já vendeu, em agosto de 2020, a Refinaria Isaac Sabbá (REMAN) para a Ream Participações; e, em novembro passado, a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), em São Francisco do Conde, na Bahia, para o grupo Mubadala Capital, tudo levava a crer que a partir daí ambas as processadoras passariam a competir com a Petrobras, ofertando seus produtos -refinados- com base na QUALIDADE E PREÇO-, relação esta absolutamente necessária para atender o interesse dos consumidores. 

 


NOVOS PROPRIETÁRIOS

Pois, em nenhum momento vi a imprensa se interessar em perguntar aos novos proprietários das REFINARIAS - REMAN e RLAM-, qual o preço do litro da gasolina e do diesel que cada uma delas está disposta a praticar através dos postos de abastecimento que distribuem seus produtos, apontando, se for o caso, para a importante relação - qualidade/preço.


FIM DO MONOPÓLIO DO REFINO

Ora, o que mais quero é que a pretensa e assegurada venda das OITO REFINARIAS que a Petrobras pretende concluir até o final de 2022 tenha como princípio o definitivo FIM DO MONOPÓLIO DO REFINO. Só assim o povo brasileiro e, principalmente, a mídia abutre, deixarão de apontar para a Petrobras como empresa formadora e definidora do preço dos combustíveis.


VENDAS DE REFINARIAS

Nesta tarefa da pretendida venda das OITO REFINARIAS, o que se sabe até o presente momento é que TRÊS REFINARIAS tiveram seus processos cancelados: a Refap, Repar e Rnest. Além destas também prossegue com a venda da Lubnor, refinaria no Nordeste que produz asfalto e lubrificantes (com capacidade de 8 mil bpd), e Regap, localizada em Minas Gerais, com 150 mil bpd, ou 7,1% capacidade de refino, segundo dados da ANP. Também é sabido que a Ultrapar Participações desistiu de comprar a gaúcha Refap, que responde por 7,7% da capacidade de refino. Mais: após o fracasso da venda da RNEST, a Petrobras anunciou que investirá 115 mil bpd, para aumentar sua capacidade.