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17 nov 2005

A TURMA DOS DESPREPARADOS


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CAUSAS E FEITOS
Os nossos senadores, infelizmente, ainda não sabem o papel que lhes compete como parlamentares. A única coisa que parecem ter na cabeça é a constante necessidade de fazer despesas. Grandes despesas, por certo. Aceitaram, ontem, ouvir o ministro Palocci, que resolveu ir a CAE por antecipação. Mas, ao reclamarem dos impostos e juros altos e do cambio baixo, mostraram desconhecer que são eles os grandes protagonistas do desequilíbrio fiscal e tributário que nos aflige. Votam, diaria e desesperadamente, por mais e mais despesas, que por sua vez promovem juros cada vez mais altos para tentar frear a elevação da inflação. Desconhecem por completo as relações de Causas e Efeitos.
FICOU FÁCIL FALAR E AGRADAR
Já o ministro Palocci, diante de tanta gente medíocre mostrou, mais uma vez, ser um sujeito elegante, muito educado e bastante convincente. Tudo aquilo que falta à maioria dos nossos senadores que o argüiram, ontem, na CAE. Com esta a grande diferença mostrada a favor de Palocci, que não é recente, ficou fácil chegar, falar e agradar. Assim não há como questionar, pois a mediocridade dos senadores é algo de arrepiar. Gente, de novo: eles sequer sabem que as despesas governamentais, que nos obrigam a pagar por uma carga tributária elevada, só existem porque foram votadas e aprovadas por eles.
DIDÁTICO
O que se viu e ouviu ontem foi, de novo, um farto exercício de incapacidade e babaquices, protagonizada pelos nossos senadores. Ninguém tem idéia de como e porque acabaram escolhidos para comporem a tal Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Palocci, em muitos momentos, foi obrigado a ser didático, paciente e repetitivo para expor aos despreparados senadores as decisões que se impõem e se tornam necessárias na área econômica. Eles mostraram não saber que, dependendo da política ou decisão adotada, o comportamento das variáveis de mercado pode pôr tudo a perder.
SEM IDEOLOGIA
Enfim, tudo aquilo que já é sabido pelos mais responsáveis, ainda não foi percebido pelos nossos senadores. Desconhecem que as nossas graves doenças, cultivadas e promovidas pela gastança geral de governos, só existe por aprovação do Senado. Tudo o que está exigindo hoje os remédios amargos para colocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento e da confiança dos investidores, nada tem de ideológico. Repito: Palocci, só por ser responsável e não um petista ideológico, vem sendo pressionado para deixar o cargo. Tenho sido, como todos bem sabem, um crítico do PT pela sua ideologia atrasada e destruidora, mas ao há como deixar de admitir que a política econômica, comandada por Palocci, não peca por esta falha. É pura responsabilidade.
REFORMAS
Quem não quer a atual linha dura na economia é porque não quer a cura dos males. Toda a energia que tem sido despendida para criticar os juros e o câmbio, e que não tem sido pouca, deveria ser única e fortemente direcionada para convencer os despreparados para fazerem as reformas necessárias, adequadas e corretas. Rombos menores na Previdência representariam carga tributária mais palatável além de crescimento econômico mais vigoroso. Reforma na CLT que possa diminuir o custo do emprego para os trabalhadores e empresas, diminuiria a informalidade além de estimular as atividades e o emprego. Reforma fiscal e tributária facilitariam o entendimento dos contribuintes com gestão competente e menores esqueletos a serem desenterrados.
SECRETÁRIOS DA DESPESA
O enfrentamento, com êxito, destes pontos promoveriam, sem dúvida, uma imediata queda do risco-país e dos juros. O aumento da atividade, por conseqüência, promoveria um choque de oferta de produtos que afastaria a elevação da inflação. Esta é a guerra, gente, que precisa ser declarada. Mas não com estes senadores e deputados. Eles são os legítimos Secretários da Despesa Federal. Só sabem fazer despesas.
SOCIALMENTE RESPONSÁVEIS
A Aracruz está entre as 50 companhias do ranking de empresas socialmente responsáveis criado pela Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, para orientar seus investimentos em ações. A lista funcionará como referência para o fundo e nasceu de uma metodologia desenvolvida especialmente para esse fim, segundo matéria publicada na Gazeta Mercantil de 28 de outubro. Receberam nota A apenas treze empresas, entre elas a Aracruz.
CAMPANHA
A primeira-dama Claudia Rigotto reúne a imprensa, hoje, 17, às 14h, em seu gabinete, na ala residencial do Palácio Piratini, para lançamento da Campanha do Brinquedo 2005.
CURSO
A Bolsa Brasileira de Mercadorias ? BBM ? e a Bolsa de Mercadorias & Futuros ? BM&F ? realizam no dia 23 de novembro em Porto Alegre o curso ?Derivativos Agropecuários ? Soja e Milho?. O evento ocorrerá no salão nobre do Hotel Plaza São Rafael, das 8h30min às 17h30min, sendo destinado a gerentes de empresas de insumos, cooperativas, cerealistas, armazenadores, produtores rurais e corretores de mercadorias. Inscrições, gratuitas podem ser feitas na BBM/RS, pelo fone (51) 3216.3753 ou e-mail: fabiana@bbmnetrs.com.br
CARVÃO
A Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs) realizará amanhã, 6ª feira, o debate ?Carvão Mineral: Desafios e Oportunidades?, das 8h30min às 11h45min, no auditório da entidade, Trav. Acylino de Carvalho, nº 33 ? 9º andar.
SEMINÁRIO
A revista AMANHÃ em parceria com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) promove o Seminário Sustentabilidade ? O papel das empresas, no próximo dia 24 de novembro, em Porto Alegre. Como o tema é considerado um dos mais importantes na agenda das empresas que desejam crescer no século 21, o evento terá foco em esclarecer o conceito de desenvolvimento sustentável, que apesar de não ser totalmente desconhecido ainda é gera muita dúvida e controvérsia. Dia 24 de novembro, das 8h30 às 12h, no Hotel Plaza São Rafael, Porto Alegre. O evento é gratuito, mas necessita de inscrição. Entrar em contato com o departamento de eventos pelo fone (51) 3230-3519.