SEM ESSA DE COTA DE SACRIFÍCIO
Ontem, confesso que fiquei pasmo quando li, no jornal Valor Econômico, que os militares aceitam dar uma “COTA ADICIONAL DE SACRIFÍCIO", para o EQUILÍBRIO FISCAL que o governo de Jair Bolsonaro pretende obter com a REFORMA DA PREVIDÊNCIA.
IDADE E DEFASAGEM SALARIAL
Segundo informa o jornal, os militares concordam em discutir uma idade mínima para a passagem dos fardados à reserva, por exemplo, mas falam também em atacar a defasagem salarial e temem pagar uma conta que consideram desproporcional em relação a outras carreiras.
PRIMEIRA CLASSE
Ora, antes de tudo é preciso deixar bem claro que a REFORMA DA PREVIDÊNCIA se faz necessária, principalmente, porque é inadmissível a existência de DUAS CLASSES MUITO DISTINTAS DE APOSENTADOS no nosso empobrecido Brasil, onde o setor público (militares e demais servidores públicos) ocupam a privilegiada PRIMEIRA CLASSE.
INJUSTA, INDECENTE E DEFICITÁRIA
A rigor, é importante que se frise, o que a falida PREVIDÊNCIA SOCIAL exige, para continuar existindo, não é -COTA ADICIONAL DE SACRIFÍCIO- de quem quer que seja. Precisa, isto sim, apenas deixar de ser INJUSTA, INDECENTE E DEFICITÁRIA, como tem, inquestionavelmente, se mostrado até agora.
CONFUSÃO
Mais: tenho visto, com muita frequência, que para defender os privilégios muita gente alega que MILITAR não faz greve, não tem FGTS e outras coisas mais. Antes de tudo é preciso entender que matérias de ordem TRABALHISTA não podem ser confundidas com PREVIDENCIÁRIAS.
PLANO DE APOSENTADORIA É UM PRODUTO
De novo: antes de uma questão SOCIAL, a PREVIDÊNCIA deve ser vista como uma questão ATUARIAL. Como tal, os Planos de Aposentadoria devem ser encarados como PRODUTOS que cada indivíduo pode/deve ADQUIRIR sempre levando em conta os seus interesses, até a hora que decidir parar de trabalhar. Ou seja, o valor que cada cidadão irá receber ao se aposentar está diretamente relacionado com o valor que está disposto a contribuir até lá.