CARGOS IMPORTANTES
Tomando por base que Dilma já se elegeu, os derrotados, como que buscando uma compensação, já estão fazendo especulações para saber quem vai ocupar os cargos mais importantes do novo governo petista.
PALOCCI
Se existe algum tipo de consolo para quem não gostaria de ver o Brasil entrar de cabeça na era bolivariana, que nada mais é do que adotar o modelo cubano de governar, já em estado bastante avançado na Venezuela e países vizinhos, melhor seria se Antônio Palocci fosse o escolhido para ficar à frente da economia.
CARTA AOS BRASILEIROS
É sempre bom lembrar que Antônio Palocci foi quem redigiu, em 2002, a importantíssima Carta aos Brasileiros, pela qual Lula assumiu o compromisso de manter a política econômica do governo FHC. Ao assinar o documento, Lula produziu dois sentimentos: 1- irritou e frustrou grande parte dos petistas; e, 2- o mercado financeiro começou a respirar tranquilidade e otimismo.
CALOTE
Como se sabe, o maior receio era de que Lula viesse a cumprir o plano de governo do PT, que pregava um solene calote na dívida (interna e externa) e outros desastres econômicos. A materialização do pavor estava explícito na cotação do dólar (R$ 3,85) e do risco país (2400 pontos-base).
MEIRELLES NO BC
Com a confirmação de Henrique Meirelles para o BC o mercado passou a viver dias radiantes de tranquilidade. Essa surpreendente decisão -totalmente inesperada-, fez com que inúmeros petistas fossem à loucura diante da incompreensível traição de Lula, que ainda por cima negou cargos da área econômica aos militantes.Essa turma de frustrados, traídos e arrasados caíram fora do PT e foram, todos, para um novo ninho (PSOL) criado como abrigo.
POSTURA SENSATA
Palocci teve uma postura sensata e nada ideológica, como referiu o ex-ministro Pedro Malan, o qual garante que Palocci deixou de ser ministro da Fazenda depois de ter perdido o debate com Dilma em que propôs uma lei que por dez anos limitasse o aumento de gastos de custeio do governo.
COGITAÇÃO PERIGOSA NA JUSTIÇA
Segundo Pedro Malan, a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff simplesmente torpedeou a proposta, chamando-a de rudimentar. Dilma se defendeu dizendo que era a taxa de juros alta (na época de 19%) que aumentava em excesso a dívida pública, forçando o governo a cortar despesas e investimentos em outras áreas para pagá-la.
FICA PALOCCI
Muita gente não acredita que Palocci venha a ocupar posição de destaque no governo Dilma. Principalmente porque houve divergências entre os dois quanto a amplitude do ajuste fiscal no primeiro mandato do presidente Lula. Palocci, no entanto, está no comando da campanha da candidata do PT. Tomara que Palocci seja o escolhido para a economia, pois, para a pasta da Justiça, o nome mais certo, por enquanto, é o representante do PT no Foro de São Paulo: o deputado José Eduardo Cardoso. Aí é o fim do mundo, ou do Brasil, não?