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04 jan 2005

A MELHOR SAÍDA PARA RIGOTTO


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REINANDO NO INFERNO
Confesso que nunca vi alguém ser tão criticado e escorraçado como o nosso governador Rigotto, depois de ter feito o que fez. Aliás, tudo fruto de sua enorme fraqueza, despreparo e falta de palavra. Agora vai reinar no inferno e deixará de ser considerado pelas coisas boas que pudesse ter feito. O estrago provocado no sentimento de todos os gaúchos (salvo na cabeça de sua equipe e de 27 deputados) pelo aumento do ICMS foi de tal monta que não admite comparações e ressalvas. Gente, foi um desastre monumental.
A ÚNICA SAÍDA
A pergunta que resta: há ainda alguma forma de reconciliação do governador com uma sociedade tão magoada? Sim, existe uma, embora a desconfiança sempre estará por perto. A única saída que Rigotto dispõe, e que ainda pode promover, é simplesmente deixar de usar a demoníaca autorização recebida pelos fracassados e incompetentes deputados.
RECUPERAR A FACE
Ou seja, até abril de 2005 há tempo para um arrependimento do mal que fez. Basta não aumentar as alíquotas do ICMS sobre telefonia, combustíveis e energia. Mas, se quiser recuperar a face totalmente e voltar a ter credibilidade, além de não usar o direito de aumentar, deveria usar da boa vontade de baixar o ICMS, que já é extremamente elevado para os serviços atingidos. A decisão é sua, governador. O senhor tem estômago para tanto?
O IMPOSTOR E O AMANTE DE IMPOSTOS
Segundo os dicionários brasileiros, impostor é aquele que tem impostura. É um embusteiro, um hipócrita, aquele que usa o artifício para enganar. Impostura é tal qual um trapo que se prende ao anzol para atrair peixes. Qualquer semelhança com aqueles que nos levam a votar nos seus projetos e propostas e depois de eleitos mudam os planos, o que significa? Serão eles só amantes de impostos?
OS FALIDOS
A estimativa da CNM - Confederação Nacional dos Municípios - é de que a metade dos municípios no Brasil estão falidos. Ora, isto foi cantado em prosa e verso desde que começaram a pipocar as emancipações. E mais uma vez a burrice e o despreparo do povo brasileiro ficou estampado. Ao invés de procurarem melhorar as administrações públicas entenderam que deveriam aumentar o número de municípios. Junto com eles vieram novas contas, com as Câmaras, as delegacias, o Ministério Público, o Judiciário e os funcionários de todos os órgãos criados.
AUMENTO DE GASTOS
A partir daí os gastos aumentaram astronomicamente e as receitas nem tanto, pois tudo tem limite. Muita gente simplesmente deixou de pagar impostos. Outros nunca pagaram e ainda trataram de aumentar suas atividades informais evitando contribuir para desperdícios absurdos. Ou seja, os inteligentes foram os que optaram pela informalidade. Os espertos ficaram com o que ainda entra nos cofres públicos. E os trouxas continuam pagando para sartisfazer somente aos espertos, nunca para receberem os benefícios prometidos pela legislação.
FALTA DE CAPACIDADE
O curioso nisto tudo é que a Lei de Falências só serve para empresas. Mas foi aprovado por funcionários públicos. Porque não estenderam as prerrogativas da lei para os prefeitos? Antes de reclamar que a União fica com o bolo maior da arrecadação tributária está mais do que na hora de fazer administrações corretas. Chega de por a culpa de tudo nos outros. Ou alguém defende que os prefeitos são capazes? Sai dessa.
COMPENSAÇÃO NEFASTA
A compensação pelo refresco concedido pelo governo no Imposto de Renda das Pessoas Físicas teve um preço pouco divulgado. Por medida provisória, Lula resolveu a questão: a perda de arrecadação pela revisão da tabela foi compensada pelo aumento o Imposto de Renda das empresas prestadoras de serviços que recolhem pelo regime de Lucro Presumido, onde o cálculo do lucro presumido passou de 32% do faturamento bruto para 40%, ou seja, um aumento de 25% no valor do imposto. Maravilha.