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05 nov 2015

A MARCA DA INCOMPETÊNCIA


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INCOMPETÊNCIA

Entre as milhares de coisas erradas e/ou equivocadas que  acontecem a toda hora no nosso pobre país, e se acumulam de forma brutal em todos os níveis de governo, todas elas estão marcadas, com letras garrafais, com a palavra -INCOMPETÊNCIA-.


ESTRADAS

Vejam, por exemplo, que em todos os lugares do mundo em que as estradas são administradas e/ou conservadas por empresas com reconhecido -know-how- neste tipo de negócio, o resultado é muito apreciado pelo usuário e pelo investidor.


CONCESSÕES

No Brasil, infelizmente, muito até por má informação da mídia, os contratos de administração e/ou conservação de rodovias, (o mesmo serve também para portos, aeroportos, etc.), que nada mais são do que CONCESSÕES OU PERMISSÕES TEMPORÁRIAS, é visto pela imensa maioria do povo brasileiro como PRIVATIZAÇÕES.   


TODAS CONTINUAM PÚBLICAS

Ora, nenhuma estrada que o setor público construiu neste imenso Brasil, nos últimos 515 anos, foi vendida à iniciativa privada. As poucas que foram CONCEDIDAS, com o propósito específico de serem mantidas e conservadas por algum tempo, continuam sendo PÚBLICAS, ou seja, de propriedade do Estado. O que por si só faz do termo -PRIVATIZAÇÃO- uma grande mentira.


PESQUISA CNT

Pois, já que estamos falando de rodovias, é importante que os leitores tomem conhecimento do resultado da pesquisa feita pela CNT -Confederação Nacional dos Transportes-, divulgada ontem. O levantamento, que avaliou mais de 100 mil quilômetros de rodovias, incluindo toda a malha federal e os principais trechos de rodovias estaduais pavimentadas, mostra que 57,3% das principais rodovias do país têm alguma deficiência. Pode?


RESULTADO

O resultado, que precisa ser amplamente divulgado, informa que nas rodovias concedidas à iniciativa privada, em forma de CONCESSÕES e não PRIVATIZAÇÕES, tiveram 78,3% das vias classificadas como ÓTIMAS OU BOAS e apenas 21,7% como regulares, ruins ou péssimas.

Já nas rodovias sob GESTÃO PÚBLICA (???), 31,4% foram consideradas ótimas ou boas e 65,9% regulares, ruins ou péssimas.


OUTRAS IDENTIFICAÇÕES

O levantamento, sem surpresa, identifica que apenas 12,4% da malha rodoviária nacional é pavimentada, contra 78,6% sem pavimento. Esta grande deficiência faz com que o transporte de carga no país encareça em torno de 25,8%. Só em 2014, a perda foi de  R$ 46,8 bilhões. 

A CNT calcula que, se todas as rodovias analisadas fossem classificadas como ótimas ou boas, seria possível economizar 749 milhões de litros de óleo diesel, ou R$ 2,1 bilhões, com impacto positivo na redução de emissões de gases do efeito estufa.

A pesquisa também mostra que 86,5% dos trechos analisados apresentam RODOVIA SIMPLES DE MÃO DUPLA. Que tal?  Não seria melhor se todas as estradas fossem entregues a CONCESSIONÁRIOS, para que o nosso patrimônio rodoviário não fosse perdido? Ou vamos continuar gritando que se trata de PRIVATIZAÇÃO?