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20 abr 2005

A IGREJA CONTINUA IMÓVEL


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FRENESI
O frenesi que a morte de João Paulo II causou na população mundial foi algo nunca visto. Embriagada pela liderança perdida e pelo clima de consternação, a mesma multidão se manteve frenética à espera do anúncio do novo Papa. E, para tanto, o papel da mídia foi fundamental, por ter contribuído de forma monumental para manter diariamente o mundo todo em expectativa constante sobre quem seria o escolhido.
CONTINUO AFASTADO
Encerrada a expectativa, com o anúncio, ontem, de Joseph Ratzinger como Papa Bento XVI, fica evidente que, pela idade do Sumo Pontífice, já teremos um pontificado bem mais curto que o anterior. E pelo seu estilo ultraconservador, o novo Papa identifica que a Igreja permanecerá imóvel. A dificuldade que a mesma faz questão de mostrar para se adaptar à realidade que a ciência exige, continua me distanciando da religião católica há algum tempo. A escolha de Ratzinger, por óbvio, não me fará voltar tão cedo. Muita gente vai perceber isto já, já.
O FORTE DOS GOVERNANTES
O governador Rigotto tem alguma razão quando lamenta o adiamento da votação da reforma tributária pelo Congresso Nacional. Lembra o governador gaúcho que estava prevista uma votação simplória para o dia 29 de março, que não aconteceu. Mas, por favor, todos já estão carecas de saber que reforma tributária nunca foi o forte dos nossos governantes. O forte deles, confirmadíssimo, é só o aumento contínuo da carga tributária, onde aí a competência é mais do que exemplar.
INFERNO
Os governantes sempre fugiram, tal qual o diabo da cruz, quando a exigência é fazer coisas inteligentes que resultem em benefícios para quem produz e quem consome. Se o sistema tributário brasileiro já é um legítimo inferno para quem produz para o mercado interno, agora até para os exportadores virou uma dor de cabeça, tronco e membros.
SEM RAZÃO
Porém, quando Rigotto se entusiasmou e disse que a sua impressão é de que o Congresso e o Executivo estão jogando, para impedir uma reforma fundamental para o país, equivoca-se totalmente. Gente, nunca esteve na pauta das discussões uma reforma fundamental. Nem fiscal nem tributária. O que sempre foi discutido, isto sim, é uma grande lambança, que nunca poderia ser definida como reforma. Aí, não, Governador.
PARA COMEMORAR A DATA
Neste momento, o melhor mesmo seria esquecer o projeto existente. E, imediatamente, partir para uma verdadeira reforma. Embalada pelos exemplares movimentos que culminaram com a derrubada da estúpida MP 232. Gente, a hora é agora. É a hora de aproveitar os nossos melhores momentos de raiva, que toda a sociedade brasileira recentemente mostrou. E partir para uma verdadeira reforma. Ampla, efetiva e cheia de modernidade. Ou aproveitamos o 21 de abril, onde Tiradentes nos aponta a sua magnífica experiência de inconfidente, ou é melhor deixar de comemorar a data.
ALMA DE ARMAZÉM
Esta foi a definição usada para o conceito do novo supermercado Nacional do Iguatemi, Porto Alegre. Entre os diferenciais mais importantes a serem observados pelo frequentadores do novo ambiente, que fica aberto 24 horas, estão: uma grande variedade de produtos, especialmente queijos, pães, vinhos, cervejas e charutos. E para quem pretender fazer refeições no restaurante da loja, o preço cobrado pelos vinhos, refrigerantes e cervejas será o mesmo que está sendo mostrado nas gôndolas. Dez.