FATOR PRODUTIVIDADE
Antes que algum brasileiro -mal-informado- se apaixone pela PEC de autoria da deputada psolista Erika Hilton, que tem como propósito -extinguir- a ESCALA 6 X 1, é extremamente importante que todos saibam o que significa -FATOR PRODUTIVIDADE-, também conhecido como WRENCH TIME, ou "TEMPO DE CHAVE". Esse indicador identifica o tempo que um funcionário passa realizando as atividades para as quais foi contratado, excluindo o tempo perdido com atividades que não geram valor.
DADOS DA CONFERENCE BOARD
A título de esclarecimento, a -PRODUTIVIDADE- de um país é calculada dividindo o PIB- Produto Interno Bruto- (soma de tudo que é produzido no país) pelo número de horas trabalhadas. Pois, neste importantíssimo particular, como bem informam os dados pesquisados pela renomada consultoria internacional CONFERENCE BOARD, a PRODUTIVIDADE do trabalhador brasileiro equivale a 25% da produtividade do trabalhador americano. Atenção: os Estados Unidos, normalmente, são usados como a base de comparação entre os países pela entidade, mas têm uma produtividade menor do que a da Noruega, por exemplo.
EXIGÊNCIAS FUNDAMENTAIS
Portanto, mais do que perceptível, a PRODUTIVIDADE é um fator fundamental para o crescimento e desenvolvimento de qualquer atividade produtiva. Como tal exige, por exemplo, QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, EMPREGO DA TECNOLOGIA, DIMINUIÇÃO DA BUROCRACIA, INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURA e COMPETITIVIDADE EXTERNA.
EMBALADOS PELO POPULISMO
Infelizmente, bem antes de fazer do TRABALHADOR BRASILEIRO um agente mais PRODUTIVO, condição básica já conquistada nos países MAIS DESENVOLVIDOS -cujos trabalhadores podem TRABALHAR MENOS HORAS e mesmo assim conseguem PRODUZIR MAIS-, o que se vê aqui é exatamente o contrário. Embalados pelo populismo, inúmeros trabalhadores foram às ruas, neste feriadão, para apoiar a PEC que decreta o FIM DA ESCALA 6 X 1, como se fosse uma tábua de salvação do tipo que confere aos trabalhadores o -DIREITO DE GANHAR MAIS TRABALHANDO MENOS, COM PRODUTIVIDADE INSIGNIFICANTE-. Pode?
CURANDEIROS E FEITICEIROS
A propósito deste tema eis o que diz o pensador Roberto Rachewsky:
A proposta da psolista de redução da carga horária é mais um ponto para a decadência antes do ápice. A redução da carga horária ao longo do tempo nos países livres se deu de forma orgânica através do mercado e sua ordem espontânea, ou seja, como prêmio concedido aos trabalhadores pelo exuberante aumento de produtividade que resultou em crescimento exponencial na produção de bens e na geração de inédita abundância na oferta de produtos e serviços globalmente. É evidente que muitas sociedades ainda não experimentaram toda essa riqueza, exatamente porque políticas protecionistas que impedem a livre movimentação de capitais, mercadorias, indivíduos ou ideias, políticas de redistribuição forçada que violam direitos de propriedade e desincentivam investimento pelo medo de perda do capital ou o trabalho porque há os que preferem viver parasitariamente com ajuda estatal, mantém economias inteiras em estagnação ou recessão profunda. Cada vez mais, os governos se intrometem nas relações privadas, com a alegação de que existem falhas de mercado ou que é preciso acabar com a desigualdade social. Argumentos falaciosos que não têm fundamentação nem na realidade nem pela lógica. Mercados não falham. Eles querem que acreditemos no contrário porque eles se oferecem como a cura para os males que eles alegam existir. Eles são os curandeiros, os feiticeiros, os místicos que se disfarçam sob o manto da ciência econômica para venderem suas benzeduras e alquimias, muitas delas, se valendo da coerção estatal. São os planejadores centrais, os criadores de políticas públicas que têm aversão à liberdade e aos que criam valor de verdade com suas ideias inovadoras e seu trabalho verdadeiramente produtivo. Mercado são os indivíduos interagindo numa sociedade. Livre mercado são os indivíduos interagindo livremente numa sociedade onde o governo só existe para extirpar a violência dos que querem viver parasitariamente usando de força e de fraude.