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03 nov 2015

A CRISE É MAIOR DO QUE A ANUNCIADA


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CRISE SOCIAL

Tudo leva a crer, pelo desinteresse que o governo vem mostrando, que esta tenebrosa CRISE ECONÔMICA, arquitetada de forma cuidadosa pelo PT, e construída com esmero pela dupla Lula-Dilma, só será enfrentada, de fato, quando o nosso pobre país for PALCO de uma complicada CRISE SOCIAL. 


 

 


LUZ NO FIM DO TÚNEL

Só a partir daí poderemos almejar, quem sabe (não se trata de uma garantia) alguma chance de vir a aparecer uma luz no fim deste escuro túnel. Faço votos, no entanto, que o clarão de luz, caso apareça, não seja de algum trem trafegando em sentido contrário.


NÚMEROS AQUEM DA REALIDADE

É certo que os casos de CORRUPÇÃO tem ocupado as principais páginas dos noticiários. Com isso, a situação financeira do país tem sido jogada para segundo plano. Mesmo assim, a maioria dos noticiários, por falta de conhecimento do assunto, divulgam números bem aquém, tanto da realidade que estamos enfrentando quanto da que vamos enfrentar em breve. 


DÉFICIT PRIMÁRIO E NOMINAL

Arrisco a dizer, sem medo de errar, que mais de 90% dos brasileiros mal sabem a diferença, por exemplo, entre DÉFICIT PRIMÁRIO e DÉFICIT NOMINAL. E quando tomam conhecimento é através da mídia, que de forma lamentável explica muito mal o assunto, como, aliás, é de interesse deste mau governo.


MUITO MAIS GRAVE

Na semana passada, como foi amplamente noticiado, o governo declarou que as contas públicas deverão fechar este ano com déficit de R$ 51,8 bilhões, mais R$ 40 bilhões referentes às pedaladas fiscais, etc., etc...

Pois, a bem da verdade, ainda que CONTAS PÚBLICAS só interessam a apenas 1% do povo brasileiro, se tanto, a situação financeira do país é muito mais grave do que está sendo divulgado.


ATAQUE CONJUGADO

Como bem escreve, de forma detalhada, o economista e pensador (Pensar+), Paulo Rabello de Castro, os dois responsáveis centrais pela queda estrutural do desempenho da economia brasileira são, sem qualquer dúvida:

1- os gastos públicos correntes descontrolados e, em ainda maior magnitude,

2- a aceitação passiva pela sociedade, até aqui, de uma composição inadequada de títulos da dívida pública brasileira, que tem gerado excesso de despesas não primárias, altamente gravosas, por duas décadas seguidas, pelos encargos de juros pagos na rolagem dessa dívida mal estruturada, porque concentrada em títulos sujeitos à variação da taxa SELIC ou à inflação futura.

É fundamental, portanto, um ATAQUE CONJUGADO da política financeira do Estado brasileiro tanto ao EXCESSO DE GASTO PRIMÁRIO quanto ao GASTO FINANCEIRO NÃO PRIMÁRIO.


BRUTAL SACRIFÍCIO

Tentar continuar obtendo superávits primários significativos para cobrir um gasto financeiro que não para de inchar não faz sentido, ao se impor brutal sacrifício da população produtiva que paga crescente carga tributária esvaída na cobertura de encargos de juros.

Por outro lado, pretender trazer os encargos financeiros federais a um patamar de normalidade sem pactuar uma responsabilidade fiscal verdadeira nos gastos primários é esperar pelo milagre que não virá.

 


A HORA É JÁ

É preciso fazer as duas coisas articuladamente, e a hora é já . Em 2015 O CUSTO DE ROLAGEM DA DÍVIDA PÚBLICA assumiu proporções catastróficas e FICARÁ PRÓXIMO A R$ 530 BILHÕES (equivalente a 9,5% do PIB), em completo desalinho com a experiência de outros países com dívida pública semelhante à do Brasil.

É inútil, portanto, cogitar de uma CPMF, ou até de duas ou três vezes o valor dessa receita extra, para tentar cobrir encargos da ordem de R$530 bilhões.