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28 jul 2005

A CAMINHO DE UMA VENEZUELA


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CRISE DE 10 ANOS
Fiquei impressionado com as declarações do presidente do STF, Nelson Jobim, sobre o risco que o país corre caso haja um impeachment de Lula. Teríamos uma crise de 10 anos de duração. Este seria o efeito-resultado desta eventual manobra, pelo elevado índice de popularidade de Lula. O julgamento do Congresso, caso optasse pelo afastamento do presidente, seria totalmente diferente do julgamento que o povo faz e continua fazendo, como dizem as pesquisas. Uma vitória da periferia sobre as elites
SÍNDROME DE ESTOCOLMO
Estamos diante, portanto, de uma transformação que está nos levando a ser uma outra Venezuela. A paixão pelo governante pode impedir que os crimes sejam combatidos. Uma verdadeira Síndrome de Estocolmo está ocorrendo por aqui. Com isto, a exemplo do que aconteceu no país de Chávez, vamos também tolerar o sentimento do povo e abrir outra crise. Ou seja, para ficar longe de uma crise duradoura vamos mergulhar em outra crise eterna. O certo é que um sistema populista será muito mais caro para todos nós.
EFEITO CONCENTRADO
A repetição diária de que o PT agora é igual aos demais partidos não corresponde à realidade. É certo que em todos os partidos políticos há os desonestos e os corruptos. Mas, no PT, há um efeito distinto dos demais. É o efeito concentrado. No PT são muitos os desonestos. Depois de tentarem, por muito tempo, repassar para a sociedade o sentimento de que eles tinham o monopólio da ética, tudo resultou em deixar claro a esta mesma sociedade que o PT tem o monopólio do crime contra o dinheiro público. Isto não sairá mais da minha memória. Infelizmente, como o maioria do povo brasileiro é uma mistura de ignorância com masoquismo, não está percebendo isto claramente.
PROTEGENDO O MERCADO!
O CADE ? Conselho Adm. De Defesa Econômica tem sido muito vigilante quanto às de fusões e aquisições de empresas. E só homologa as operações caso o mercado concorrencial seja preservado. A compra da Garoto pela Nestlé, por exemplo, não foi possível exatamente porque o CADE entendeu que haveria excessiva concentração de poder de uma só empresa no segmento das envolvidas. Muito bem.
PROTEGENDO O MERCADO?
Sendo assim, pela mesma lógica, em defesa da concorrência, por quê a Agência Nacional do Petróleo (ANP) desistiu de entrar no CADE, com representação contra a Petrobrás por práticas anti-competitivas, conforme determina a Lei do Petróleo? A Refinaria de Manguinhos e a Ipiranga já informaram a ANP sobre a dificuldade em operar no mercado, por causa da política de preços da Petrobras. E pela Lei do Petróleo, a ANP é quem precisa comunicar imediatamente ao Cadê. E aí?
XÔ INVESTIMENTOS
Esta aqui é para aqueles que ainda não conhecem o RS e pensam que é um Estado com qualidade de vida. Trata-se do comportamento dos donos de Postos de Combustíveis de Porto Alegre e de vários municípios do RS: Quando o governo controlava e tabelava os preços, dos combustíveis, todos os empresários do setor deploravam aquela forma de tratamento e exigiam a liberdade de preços. Depois de muita resistência o governo acabou por entender que o mercado deveria agir. Mas, no RS ocorreu o contrário. Os preços dos combustíveis continuaram tabelados e com os preços acima das nuvens, mas aí pelos próprios donos dos postos. Um cartel terrível. Isto não é e nunca foi capitalismo. Cartel é uma das coisas típicas de mercantilismo. Que por falta de compreensão é atribuído ao capitalismo.