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Tradução estratégica pela direita


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por Fernanda Barth

 

Neste conteúdo, a pensadora Fernanda Barth elucida o papel crucial dos tradutores para combater a desinformação.

 

Traduzir: Do latim traducere – fazer passar de um lugar para o outro. Verbo bitransitivo. Significa: Transcrever, interpretar, elucidar, exprimir, explicar, reproduzir, passar para outra língua…

Agora, suas variantes: Temos a tradução direta, a reversa e a literal. Tornar algo compreensível, inteligível, familiar. Traduzir é o oposto de codificar, ofuscar, encriptar. Ao tradutor cabe pegar um texto original e criar um novo texto, que possa ser compreendido e não perca a essência do originalmente criado.

Não pode haver perda de sentido.

É preciso atentar para o fato de que, ao contrário do capitalismo – um sistema de trocas, e não uma ideologia – o comunismo é uma ideologia (praticamente uma filosofia comportamental) construída sob um sistema de crenças baseadas no Marxismo, na fé no Estado e no coletivismo. Dessas premissas, advém a necessidade da esquerda de destruir o indivíduo, a família que dá sustentação ao indivíduo, a religião que rivaliza com o grande líder estatal. 

O objetivo é a criação de um novo homem sem amarras morais (trans humanismo), que vive em uma sociedade imersa no caos, onde a única solução acaba sendo a legitimação da concentração de poder como forma de conduzir o rebanho, agora homogêneo, permitindo a hegemonia absoluta do grupo no poder.

Para ser um tradutor de direita é preciso dominar a narrativa do campo de esquerda, entender seus objetivos, a forma como operam, a agenda que defendem. É preciso entender como se forma a opinião pública e como ela pode ser manipulada. É necessário dominar o mecanismo das chaves cognitivas e da criação de significados e entender como elas operam na comunicação de massas. Por último, é também preciso conhecer o discurso politicamente correto e como ele é usado como ferramenta de censura e constrangimento. 

Um tradutor de direita precisa desvendar o sentido oculto no texto de esquerda, seja ele escrito, cantado, pintado, construído ou filmado. Necessitamos entender no estrito senso dos signos e símbolos estudados na teoria da comunicação o que está subentendido, o que se pressupõe e o que se está tentando ressignificar.

Quebrando a criptografia Marxista

No casok ser um tradutor de direita, a tarefa consiste em pegar um texto criado dentro do conceito Marxista e restituir o sentido que foi propositalmente oculto ou torcido, restituindo a verdade – desmontando a narrativa. Tirando dele a maquiagem e revelando sua verdadeira face e objetivo. Todo esse esforço, porque a esquerda praticamente criou uma linguagem.

Tem seu rol de conceitos e discursos, tem o materialismo histórico e toda a interpretação de fatos históricos dentro da lente da luta de classes, hoje redesignada como luta de identidades políticas, oprimido x opressor. Parafraseando Orwell, uma novilíngua.

(…)

Ninguém pratica mais desinformação que a esquerda. O próprio termo “desinformação” tem suas raízes no stalinismo e no trotskismo. A destruição da verdade é uma ferramenta que semeia a confusão para alcançar o controle. Informação é poder, conhecimento é poder. Em tempos de Sleeping Giants; de censura nas redes contra os conservadores; de guerra de narrativas onde o que é verdade é tachado de falso e o que é falso é vendido como verdade; onde a desinformação é o que mais se vê na grande mídia, a importância de se ter a cada dia mais tradutores de direita é enorme.

O chamado para os aliados

Precisamos de cada vez mais Canetas Desesquerdizadoras, de Paul Watsons, que debugam narrativas como ninguém. Precisamos manter as redes sociais livres para que a liberdade de expressão não morra e não prevaleça apenas um lado da história. Precisamos de tias do zap zap que conseguem, de forma bastante crua, ver a mentira e a hipocrisia contidas nas mensagens, pois vem de uma época onde Paulo Freire ainda não tinha dominado a educação e destruído a capacidade de raciocínio lógico dos estudantes.

Só sobreviveremos a esta infowar se conseguirmos trazer pelo menos algum equilíbrio na arena de luta. A agenda setting está aos poucos mudando de mãos, mas é no final da batalha que a luta se torna mais violenta, no sentido poético da palavra. Quanto mais pessoas tiramos da espiral do silêncio, mais nos fortalecemos e a cada dia fica mais claro como tentam mover a Janela de Overton em temas importantes para a manutenção da civilização judaico-cristã.

Não é à toa que, para a grande mídia, a direita é sempre extrema e a esquerda, mesmo que autoritária, genocida ou violenta nunca é considerada como extremista. Primeiro eles reescrevem a história para depois dar as regras sobre quem fala a verdade, e quem propaga fake news ou faz revisionismo.

Algumas das batalhas dos nossos dias incluem: defesa da vida x indústria da morte; liberdade religiosa x intolerância; liberdade de expressão x censura; liberdade de opinião x politicamente correto.

No fim dessa disputa, o que está em jogo é o nosso direito de viver e defender a vida, a propriedade e a liberdade contra aqueles que têm um desejo ardente e insaciável de nos subjugar e dominar.

Enquanto a estratégia do adversário não for indecifrável, os meios de vencê-lo estão aí. Disponham.