Por ALEX PIPKIN
O país dentro de um precipício!
O objetivo central de sectários ideológicos, “progressistas” - a nova denominação para socialistas -, e daqueles que faziam cara de nojo para o capitão ex-presidente, era erradicar o autoritarismo das terras verde-amarelas.
O cântico rubro era o da defesa da “democracia”, empacotado promocionalmente com o lema “união e reconstrução”.
O mecanismo foi previamente engendrado, envolvendo um consórcio com a suprema Pequena corte, e o martelamento 24 por 7 da ex-mídia, que já não tinha nenhuma preocupação em encobrir sua desfaçatez.
Tudo foi muito bem arquitetado a fim de ceifar a liberdade de pensamento e expressão de todos aqueles que ousassem discordar da “verdade democrática” do consórcio do mal.
Digna da profecia orwelliana, instalou-se na republiqueta a peçonhenta censura.
Prendeu-se, calou-se, censurou-se previamente, rasgou-se a Constituição - várias vezes -, rejeitando-se não só a verdade, como também, e principalmente, o devido processo legal.
Agora que o mundo já conhece os pormenores do atual estado autoritário tupiniquim, por óbvio, o culpado é o bilionário, reizinho, fascista, ultradireitista, Elon Musk.
As principais bandeiras do “pai dos pobres” de Garanhuns, eram as defesas da democracia - ou melhor, cleptocracia -, das políticas em prol das minorias identitárias e, claro, para ficar ainda mais popular, do ambientalismo.
Onde nós chegamos?
O Ministro dos Direitos (des)Humanos, Silvio Almeida, um homem negro - se de esquerda não há problemas -, afirmou que todos aqueles que discordam das teses coletivistas e esdrúxulas do desgoverno, são fascistas que “nem deveriam existir". A que ponto chegamos?! Escárnio!
O (des)governo da “união” quer eliminar metade da população brasileira que, segundo ele, é fascista.
Evidente, fascistas são todos aqueles que pensam reflexivamente e discordam das asneiras proferidas pelo comedor de “s”.
Que bela e nobre essa cleptocracia que redefine o significado de fascista: fascista é todo aquele que não se alinha com esse desgoverno!
Os genuínos autoritários e propagadores da divisão social e do ódio, são os membros desta corja que censura todos os que pensam distintamente desses da “moral superior e de suas mentes brilhantes”.
Em uma legítima democracia há a pluralidade de ideias e a liberdade de opinar distintamente daquilo que pensam os burocratas estatais, diferentemente da atual caça às bruxas característica de regimes ditatoriais.
Quanto aos diretos das minorias, negros, mulheres, LGBTQIA…, evidentemente, só vale se for “progressista”.
Surreal, esse (des)governo está alinhado com o Irã e com o Hamas. Exerce, direta e/ou indiretamente, apologia ao extermínio do Estado de Israel! Desimportante que sejam um país liderado por sectários religiosos doentes e um grupo terrorista.
O Brasil está mesmo de mãos dadas com Cuba, Venezuela e todos os outros do eixo do mal.
No desgoverno da (des)defesa dos indígenas - existe até um Ministério! -, segundo relatório divulgado pela Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), aumentou em 50% a morte de yanomamis, em comparação com o ano de 2022.
Mas, o sempre “mas”, a culpa é do autoritário Bolsonaro! Em relação as queimadas na Amazônia a situação não é distinta. Que farsa, que horror!
A outra coqueluche vermelha é o ambientalismo.
Evidente que grande parte da narrativa verde é “para inglês ver”.
A verdade atestada por qualquer cientista honesto, é a de que quase 100% de tudo que existe numa sociedade moderna, depende grandemente do uso de hidrocarbonetos em algum lugar nas cadeias e sistemas de suprimentos. Aliás, tudo aquilo que é necessário para produzir “energia verde”, é dependente daquilo que retoricamente diz se querer eliminar. Impossível no curto e médio prazos.
Não será o discurso falacioso de mentirosos contumazes que tornará o impossível possível.
Esse desgoverno do câncer do intervencionismo estatal, usa e abusa do ambientalismo para manipular mercados e indústrias, porém, não há como manejar toda uma sociedade.
Esse desgoverno já vem com a piada pronta.
O mentiroso contumaz de Garanhuns, e seu fiel escudeiro, Fernando Haddad, economista soviete, proporcionaram incentivos fiscais para a indústria automobilística produzir veículos populares. Pode isso?!
De acordo com “mentes iluminadas” desses “progressistas”, aparenta que esses automóveis rodam com ar, e não com combustíveis fósseis!
Eles não se envergonham de ser incoerentes com o nobre discurso de criação de uma economia mais sustentável ambientalmente. Factualmente, com nada.
Vivemos num mar lamacento de mentiras, de embustes, de trapaças, de incompetências, de contradições, de manipulações e de sujeiras profundas.
O pior é que não há sinal previsível de que possamos abandonar as profundezas deste oceano vermelho.
Por Percival Puggina
Mas é infâmia de mais!... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares.
Castro Alves, Navio Negreiro
As perguntas que farei perturbam meu sono e são comuns ao cotidiano de milhões de cidadãos brasileiros. Como não ser assim, se a nação se dilacera e degenera, o sectarismo se empodera, a burrice impera, o crime prospera, a política se adultera, a Têmis se torna megera e os omissos somem ou dormem? Só eu acordo nas madrugadas pensando nesses motivos pelos quais 41% dos brasileiros (1), entre os quais 55% dos nossos jovens (2), só não desistem do Brasil por não terem condições financeiras de arrancar as folhas de um passado sem esperança e redigir seu futuro noutro lugar?
Os responsáveis por isso conseguem dormir? A nação se inquieta pela apatia de representantes omissos que tanto lhe custam. Como é insignificante, aliás, a relação custo/benefício, somados o mal que fazem e o bem que deixam de fazer! Como conciliam o sono e a culpa? A que destroços, a cupidez e a conveniência pessoal em condomínio com a injustiça reduziram tais almas? Elas simplesmente somem dos plenários quando, da tribuna, algum de seus pares lhes cobra pela apatia e a destruição das instituições!
No entanto, a realidade que vemos é sinistra. O Estado se agiganta perante a sociedade a que deveria servir. A juventude recebe uma educação de qualidade vexatória, últimos lugares nos rankings internacionais do PISA e da OCDE; a cultura nacional está degradada e o próprio QI dos brasileiros, por falta de estímulos, pode estar em regressão. Há décadas, os discípulos de Paulo Freire controlam e tornam cada vez mais sectária a educação nacional, transformando-a numa fábrica de ignorantes miseráveis, com as bênçãos do Estado. Quem escapa dessa máquina de moer cérebros prospera e vira réu no tribunal da desigualdade!
Resultado: chegamos a setenta e cinco milhões de seres humanos dependendo da assistência social do Estado. Do Estado? Sim, sim, o ente causador de todo esse mal aceita sem qualquer constrangimento posar de benfeitor. A pergunta que poucos fazem é: “Se o culpado não for o Estado, quem haveria de ser?”. Certamente a culpa não pode ser imputada a quem decide investir, correr riscos, gerar empregos, pagar salários e ser extorquido com impostos, taxas, contribuições. Essa pergunta derruba século e meio de mentiras sobre os sucessos do socialismo.
Eu quero o meu país de volta! Eu o vi antes, imperfeito, mas humano. Não era uma Suíça, mas era um país amável. O Brasil tinha boa reputação. Hoje é um país de má fama. Eu o quero moderno, mas com aqueles bens do espírito e naquele ânimo nacional que se comoveu e se moveu solidário quando as águas cobriram o abismo no Rio Grande do Sul. Eu quero de volta a energia inusitada que, durante oito anos, saudoso do “meu Brasil brasileiro, mulato inzoneiro”, me levou para cima dos carros de som a verberar corruptos, defender a liberdade e resistir à perdição de uma nação.
Impossível não evocar os versos finais de Navio Negreiro, esbravejados por Castro Alves, se vejo avançar o poder da Casa Grande, a se refestelar em folguedos e extravagâncias, enquanto garroteia direitos de cidadãos outrora livres.
(1)
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/polarizacao-politica-41-dos-brasileiros-mudariam-de-pais-se-pudessem-diz-quaest/
(2)
https://g1.globo.com/economia/midia-e-marketing/noticia/2022/08/17/55percent-dos-jovens-brasileiros-deixariam-o-pais-se-pudessem-diz-pesquisa.ghtml