Por Alex Pipkin
A mentalidade bom-mocista corrói valores, desincentiva comportamentos sadios e deprime toda uma sociedade.
Evidente que a razão é impactada pelas emoções, no entanto, quando não se pensa e se decide exclusivamente com base nos sentimentos, ficamos a um passo do inferno.
Tenho ouvido falar de pessoas que cometem “pequenos roubos”, de valores pecuniários pequenos, e/ou furtam para comer, o chamado crime famélico.
Aí ouço nossos “especialistas”, com vozes embargadas, dizerem que o furto ou o roubo foi apenas uma pequena quantidade de comida para satisfazer a necessidade de se alimentarem.
Sim, uma situação, mas quando isso ocorre de forma reincidente e com a autoria de um indivíduo com uma extensa ficha de outros tipos de furtos?
Imaginemos que toda à população “faminta” resolva furtar para “saciar a sua fome”. Como ficam os estabelecimentos, como por exemplo, os supermercados? Eles pagam a conta?
Não se trata de “não se ter coração”, porém, é fundamental atentar para os incentivos, pois eles importam e muito!
Basta irmos aos fatos, a criminalidade relacionada a esses furtos tem sido reduzida ou aumentada? Singelo.
Um argumento daqueles do bom-mocismo é de que a elite, a do colarinho-branco, rouba fortunas e nunca é condenada. Perfeito!
É justamente pela falta de incentivos aos comportamentos sadios, e devido a tatuagem da impunidade, que o roubo e a corrupção são mazelas diárias do cotidiano verde-amarelo.
Aliás, temos um ex-presidiário, condenado em várias instâncias do Judiciário nacional, concorrendo à Presidência da Republiqueta.
Não dá mesmo para aguentar esses sinalizadores de virtudes!
Qualquer um como um mínimo de conhecimento científico do comportamento humano, sabe que a ação humana é regida por incentivos, que mobilizam as ações.
Por Percival Puggina
Ontem, enquanto pagava a conta no caixa do supermercado, aproximou-se de mim um jovem alto, cumprimentou-me efusivamente e disse: “Muito obrigado!”. Quando perguntei a razão desse agradecimento, voltando a cumprimentar-me disse: “Porque eu sei o preço que se paga por defender nossos princípios e nossos valores”.
Por coincidência, eu acabara de ler matéria na Gazeta do Povo sobre “Como os artistas conservadores sobrevivem numa Hollywood dominada por progressismo”. Na capital mundial do cinema, isso afeta de modo especial os conservadores cristãos. O conteúdo da reportagem, que pode ser lida aqui, trata da ascensão e queda de astros como Jim Cavaziel, cujas oportunidades despencaram após haver interpretado Jesus em “A paixão de Cristo”. Relata, também, os casos de Mel Gibson e Mark Wahlberg, igualmente deletados em virtude de suas posições religiosas e políticas. Ambos tiveram que financiar com recursos próprios o recém-lançado filme sobre a vida do padre Stu. Nenhum estúdio se interessou pelo tema.
Em Hollywood, funciona um macarthismo de esquerda que fecha as portas para conservadores, cristãos ou eleitores declarados do Partido Republicano, em tudo semelhante ao que se vê no setor cultural brasileiro, vestido da cabeça aos pés no brechó das ideologias desastradas.
Tenho observado que filmes baseados em fatos reais são destacados pelo público nas produções que rodam em plataformas tipo Netflix e Amazon Prime. As pessoas se interessam por relatos que sejam produto da realidade humana. Eis por que, tendo lido muito sobre história da Igreja, nunca entendi o desinteresse dos produtores em relação às vidas de grandes cristãos e santos da Igreja. Fazem mal intencionado muxoxo para um reservatório quase inesgotável de existências exemplares, recheadas de drama e paixão, coragem e sacrifício, êxitos e fracassos cujo fio condutor é a fé assumida por seus personagens.
O padre Stu, retratado no filme de Wahlberg, foi um boxeador violento, agnóstico e mulherengo que, após um acidente grave, converteu-se, mudou de vida e virou padre. Há muitíssimo a contar sobre grandes cristãos além de São Francisco de Assis. Quantos filmes seriam proporcionados pela história de pessoas como Santo Agostinho e São Tomas de Aquino, dois dos homens mais sábios e geniais da história humana! Ou São Bernardo de Claraval – meu santo de devoção – que tanto influenciou o Ocidente no século XII. Ou o cientista Santo Alberto, que escreveu com precisão sobre todo o conhecimento de seu tempo. E as mulheres? Há bem mais do que Joana D’Arc! Lembro Santa Helena, a mãe de Constantino; mártires como Santa Luzia; mulheres, como Santa Catarina de Siena e Santa Catarina da Suécia, que ajudaram a superar o exílio de Avignon; e mais Santa Tereza de Jesus, Santa Madre Tereza de Calcutá e tantas outras. Tantas, aliás, que as omissões comprometem esta lista.
O moço que me surpreendeu com seu agradecimento no supermercado, exagerou meus méritos. Mas tinha uma visão bem clara do que se paga, perante setores de grande influência, por andar para frente e para o alto, na contramão do progressismo rasteiro, orgulhoso de seus fracassos econômicos, sociais, políticos, estéticos e morais.