Por Alex Pipkin
Não se trata, “stricto sensu”, de ideologia, embora, em definitivo, o câncer do intervencionismo estatal seja tatuagem das políticas nacional-desenvolvimentistas implementadas pelo espectro político esquerdista.
A bem da verdade, o estatismo sempre foi uma característica marcante da gestão pública verde-amarela, independente da coloração política. Sob o “véu da ignorância”, sempre estão escondidos o corporativismo e o clientelismo, próprios de um Estado grande.
O intervencionismo é o grande inimigo do desenvolvimento econômico e social, na medida em que protege os ineficientes, eliminando o cerne da economia de mercado, ou seja, a concorrência. Por meio dessa é que ocorre a “mágica” da destruição criativa, gerando inovações, e melhores soluções em nível de preços mais baixos, e de melhores produtos e serviços para a satisfação dos consumidores.
A história econômica e social brasileira, comprovadamente, atesta que o suposto modelo “capitalista” tupiniquim, o do compadrio, exauriu-se completamente.
O Estado tem sido o grande vilão dos brasileiros, em especial, dos descamisados, com limitada capacidade de fazer o bem, operando abissalmente na destruição das oportunidades para melhorar a criação de empregos e o aumento da renda e da riqueza nacional. O intervencionismo, por meio da manutenção de produtores ineficientes, de fato, incrementa a concentração de poder de mercado, impedindo que novas empresas não subsidiadas possam atuar competitivamente nos mercados.
Verdadeiramente, a intervenção estatal mata não só a entrada de novas empresas, como também, e de maneira nefasta, o espírito empreendedor e a liberdade, essa característica fulcral da economia de mercado, ao lado da propriedade privada.
A prevenção ao livre mercado envolve o controle de recursos daqueles que o obtiveram pela produção e/ou pela troca voluntária. Daí a regulamentação e/ou a tributação escorchante do Estado, a fim de saquear tais recursos privados, reduzindo os incentivos ao espírito empreendedor e a produtividade. O plano estatal perfeito.
Nesse contexto, o Brasil avançou muito pouco frente as suas enormes possibilidades.
Urge a necessidade de mais - não menos - capitalismo, melhor dito, de uma efetiva economia de mercado.
O país precisa dar uma chance a um novo modelo de desenvolvimento econômico e social, de mais liberdades individuais e econômicas, tirando o protagonismo do Estado como disciplinador da vida dos cidadãos, especialmente, a econômica.
É fundamental ensejar a libertação do brasileiro da síndrome da dependência, objetivando, de uma vez por todas, acabar com a típica cultura nacional do intervencionismo e do privilégio.
O desenvolvimento brasileiro não virá por decreto governamental, pelo contrário, a luta é pela inversão dos equivocados incentivos presentes, induzindo os brasileiros a andarem, a investirem e a produzirem por meio de suas “próprias pernas” - e mentes.
Pois essa deveria ser a regra, para que os tupiniquins tenham uma genuína chance para se libertarem das garras afiadas do Leviatã verde-amarelo.
Deus me ouça!