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29 out 2004

NÃO ADIANTA SER PASSIONAL


ELEIÇÕES AMERICANAS

O que acontece aqui nas nossas eleições, também acontece nos EUA. Os candidatos americanos também fazem promessas que jamais serão cumpridas. Mesmo assim, para os próprios americanos e para o mundo todo, algumas considerações precisam ser feitas a partir desta eleição para presidente: qualquer um que venha a ser o eleito, Bush ou Kerry, atitudes sérias precisarão e deverão ser tomadas daqui para frente. Vejamos:

TAMANHO

* 1- Não adianta ficar aborrecido com os EUA. A economia americana é de tal monta que representa, hoje, mais de 30% do PIB mundial. Se não temos condições de sermos grandes como eles deveríamos, ao menos, entender que o mundo todo precisa dos americanos. E basta que a economia dos EUA, cresça, nos próximos dez anos, a uma taxa de 2% ao ano e já vai se distanciar mais ainda de qualquer outro país, mesmo que cresça este muito acima deste percentual. A China, por exemplo, cantada em prosa e verso como uma ameaça aos EUA, mesmo que consiga crescer 10% ao ano, pelo mesmo período de 10 anos, conseguirá atingir um PIB de tão somente U$ 5 trilhões, o que ficaria com menos de 1/3 do PIB americano;

PROTECIONISMO

* 2- Quem chegar ao comando da maior economia do mundo vai precisar encarar decididamente a questão do brutal déficit comercial americano que vem se arrastando ao longo dos anos. E isto só será possível com atitudes protecionistas, podem ter certeza. Não vai, portanto, ter essa de país mais ou menos amigo. Todos os exportadores que vendem para os EUA vão precisar entender, sentir e provar mesmo o que é protecionismo. Os números apresentados são preocupantes e não deixam alternativa de pensamento;

SEGURANÇA

* 3- Outra coisa que é preciso entender: se os EUA, por serem maior economia do mundo, não tratarem das questões de segurança no mundo, alguém terá condições para fazê-lo? Não! Ninguém está tão preparado para enfrentar tais situações. Então, vamos esquecer esta bobagem repetitiva de pedir paz com tantas ameaças que o mundo cria e desenvolve. Alguns, ou muita gente, pode até não gostar dos americanos, mas é impossível viver sem eles e sem as suas atitudes. Eles têm, não esqueçam, mais de 30% do PIB mundial;

UNIÃO EUROPÉIA

* 4- Não adianta buscar refúgio na UE. Assim como os EUA, a Europa vive seus grandes dramas. Assim, não servirá como alternativa para uma exportação brasileira sem parar. Os europeus se debatem diariamente com grandes problemas de competitividade, com muitos países recém entrantes na Comunidade, e outros tantos que querem por que querem fazer parte da mesma. Portanto, o protecionismo tende a ser cada dia maior nos blocos econômicos;

ALCA

* 5- Pela forma com que está hoje definitivamente desenhado o mundo econômico, resta para os países latinoamericanos, uma urgente e necessária participação na ALCA. Esta, caros leitores, é a única saída para os países sul-americanos como é o caso do Brasil, que até hoje se mostra hesitante e desinteressado em participar. Olha, gente: é lógico que precisamos negociar ao máximo, sem ingenuidades, mas é imprescindível mostrar muito interesse. Não que deixaremos de exportar para muitos países com ou sem participação na ALCA, mas as restrições internacionais não deverão diminuir. Ao contrário, vão aumentar e muito;

O EXEMPLO TURQUIA

* 6- Chamo a atenção de que a Turquia, por exemplo, está fazendo de tudo para convencer os europeus de que precisa fazer parte da UE. E nós, aqui, estamos fazendo de tudo para não entrar na ALCA. A Europa toda está preocupada com a Turquia por ser um país de grande população, o que pode representar uma invasão de turcos na UE. Os alemães, nesta questão, se mostram mais preocupados, pois, segundo eles já existem turcos em demasia na Alemanha e estão convencidos de que é para lá que muitos deles vai querer residir.

PETRÓLEO E INFLAÇÃO

O BC está absolutamente certo quando embute o preço do petróleo no impacto inflacionário do país. A Petrobrás, querendo passar por independente demais nesta questão que envolve um necessário reajuste dos combustíveis, está muito equivocada e presunçosa. Não é possível que o Brasil fique à margem do que acontece no mundo todo. Ou ajusta os preços ou deixa de ter parceiros nos investimentos em energia. Por pura desconfiança. Gente, ninguém é bobo no mundo. Nós é que estamos querendo ser idiotas e fortemente vulneráveis. E o pior é que precisamos desesperadamente de investimentos.

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28 out 2004

MOVIDA PELA INVEJA E FRUSTRAÇÃO


A FRUSTRADA

A petíssima, ou petérrima Maria da Conceição Tavares até que andava recolhida, esquecida e ausente dos noticiários. Magoada e frustrada por não ter sido convidada a participar da equipe econômica do governo Lula, por quem se emprenhou bastante para que chegasse à presidência, nem por isso deixou de ficar atenta aos acontecimentos. Ainda é cedo para saber se quer voltar a fazer parte dos noticiários, mas, de qualquer forma, já usou o expediente para insultar aqueles que ocupam os cargos que ela tanto gostaria de estar à frente.

COERÊNCIA

Numa das declarações aproveitáveis, quando Dona Conceição afirmou que não existe macroeconomia de esquerda, mostrou coerência. Esta revelação, que desde o primeiro dia de governo venho escrevendo e falando, mostra que tem mais efeito quando é dita pelos próprios petistas. Observem que a sociedade empresarial, totalmente embriagada pelas políticas monetarista, cambial e fiscal adotadas pelo BC, fez com que confundissem o regime socialista do atual governo como se fosse um novo capitalismo.

POLÍTICA CONSERVADORA?

Conceição Tavares preferiu nominar a atual política macroeconômica como conservadora. Aí errou mesmo. O BC não tem nada de conservadorismo, mas de austeridade e coragem para defender a moeda a ponto de enfrentar toda a sociedade com elevação dos juros como está fazendo. Não tenho notícias se Dona Tavares continua ministrando aulas de economia. No entanto, tenho muita pena daqueles que vão na mesma direção da mestra. Em várias oportunidades em que se manifestou sobre a nossa economia, esbravejou defendendo tudo aquilo que os caloteiros defendem. Por isso, talvez, nunca tenha sido escolhida para ocupar cargo neste governo.

A INVEJOSA

Ao declarar que os diretores do BC se aproveitam do cargo para depois ficarem ricos, chamando-os de "falcões", Conceição Tavares ainda não sabe que até no futebol é a mesma coisa. Ao serem convocados para a Seleção, os atletas passam a ter preferência na contratação por diversos clubes. E ganham mais dinheiro com isto. Alguma coisa errada? Passam a ser falcões? Creio que o sentimento da economista é mesmo de inveja.

LINHAS MAIORES

O que Conceição Tavares acabou confessando, e isto é que importa, é que o regime socialista, de esquerda, aparece claramente através de outras políticas. E usou a educação com grande símbolo da chamadas \"Linhas Maiores\" de governo. É aí, pois, que precisamos ter cuidados, coisa que os festejos para com a política econômica acertada está fazendo com que ninguém perceba os avanços do socialismo no Brasil.

ALTA DO EURO

Se viajar para a Europa já era proibitivo pelo alto custo de vida lá, imaginem com o preço do euro se elevando dia após dia. Na semana passada quando informei que o aumento do preço do petróleo se justificava também pelo aumento do euro, aí está a prova. Os próprios europeus afirmam que o valor do euro ao menos ameniza a alta do óleo.

RESQUÍCIOS DA FEIRA K - RAQUETAS

Já faz bastante tempo que as raquetes de tênis são feitas com plástico e, que por isso contribuem para um melhor rendimento dos jogadores. Ao longo do tempo as raquetes passaram por muitas transformações, como se viu da K 2004. No final dos anos 90, o maior segredo estava nas raquetes ?wide body?, onde sua base de plástico era reforçada com fibra, o que lhe dava grande rigidez. As cordas não precisavam ser tão estendidas e isso aumentava o efeito da bola. Na década de 80, contudo, John McEnroe, isto vale a pena relembrar, usando uma novíssima raqueta de plástico destronou o então campeoníssimo Björn Borg. Borg, assim como muitos outros tenistas, ainda utilizava uma raquete feita de madeira. Como não suportou a derrota, na época, Borg apelou para a tentativa de impedir o uso das raquetas de plástico. Chegou, inclusive, a exigir que proibissem aquele tipo de raqueta nos torneios internacionais. Coisa que jamais foi aceita, como se sabe.

SONAE

O Nacional Supermercados lança juntamente com o Governo do RS a Semana da Cultura, que acontece de 29/10 à 12/11. As atividades serão no Cáis do Porto - Armazém A4 -, com shows diários a partir das 21h30 e também a exposição do pintor Carlos Paez Vilaró nas Salas Negras do Margs. Sorte Dupla É a nova campanha dos Hipermercados BIG, que começa hoje, 28, e vai até o dia 26/11. Acima de R$50,00 em compras o cliente recebe uma rasgadinha (para concorrer a 330 mil prêmios instantâneos) e um cupom para preencher e concorrer a um Fiat Novo Pálio por loja.

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27 out 2004

FEIRA K 2004 ? DÜSSELDORF - ALEMANHA - 3


POLIMARKETING

Segundo Luiz Hartmann, diretor da Polimarketing, a maior distribuidora de resinas plásticas para o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a empresa deve fechar o ano de 2004 com crescimento nas vendas na ordem de 15% sobre o ano anterior. Uma prova de que o setor plástico cresce três vezes o que cresce a economia, tradicionalmente.

PREÇOS

Com a alta continuada dos preços do petróleo, a nafta, sendo um subproduto que produz as resinas plásticas, cujo preço é definido pelo mercado internacional, já teve aumento de 60% neste ano. Mesmo assim tem encontrado um mercado bastante aquecido. Tudo porque o preço das matérias primas sucedâneas também tem aumentado bastante no mundo todo, o que não provocou a substituição do plástico por outros materiais.

SEGURANÇA

Outro detalhe importante neste Brasil de tanta insegurança é o transporte de cargas valiosas, como é o caso das resinas plásticas. Pelos preços que estão e por ter alta liquidez é muito arriscado andar nas nossas rodovias. Para tanto, afirma Hartmann, a Polimarketing adquiriu uma nova frota de 12 veículos, totalmente equipada e monitorada por GPS, a qual já esta em operação.

INFORMAÇÕES DA VIAGEM - HOSPEDAGEM

Querer ficar em hotéis nas cidades onde são realizadas as feiras na Alemanha, só com uma grande antecedência. Não há rede hoteleira suficiente para tanta gente. A solução, portanto, é buscar alojamento nas cidades mais próximas, ou seja, dentro de um raio de 100 km. Com formas de locomoção extremamente facilitada e diversificada, isto não diminui o conforto de quem fica em Dortmund, por exemplo.O preço das diárias de hotéis aumenta na razão direta das feiras que acontecem na Alemanha. A feira K, por ser muito visitada, propõem um aumento de preços que chega a 100% em alguns casos. E os hoteleiros dizem isto com toda a transparência, sem constrangimentos. É pegar ou largar.

LOCOMOÇÃO

Fiquei hospedado desta vez em Dortmund. Uma belíssima cidade com um comércio forte e repleto de restaurantes. Os trens partem de hora em hora para Düsseldorf, cuja viagem leva 01h:07m cravados, com paradas em Bochun, Essen, Duisburg e Mulhein. O ingresso para a feira inclui e dá direito a uso de todos os transportes coletivos na 2a classe. O trecho Dortmund ? Düsseldorf, no entanto, custa 9 euros ida e volta. Funciona dia e noite.

ALIMENTAÇÃO

A comida alemã, como é sabido, tem batata em todos os pratos servidos. E é muito gordurosa. Na rua o melhor é comer o famoso bratwurst com mostarda e pão. Imperdível. Em Düsseldorf, após a feira, todos vão para o centro da cidade onde há uma grande área gastronômica Ali, mesmo com uma espera que chega à uma hora, o negócio é sentar às mesas já ocupadas. Um hábito que nós não temos aí, mas, com certeza é uma maneira de conversar com pessoas de alguma parte do mundo. No idioma que ambos conhecem, ou em mímica universal.

ENCERRAMENTO

A Feira K chega hoje ao seu final. Depois desta verdadeira maratona, encerro também esta etapa Europa, de cobertura destas duas importantes Feiras. De malas prontas, saio da Alemanha com destino a Paris onde pego o avião da TAM, parceira importante nestas coberturas internacionais. Retorno ao Brasil a tempo de buscar, no voto, a vitória eleitoral. É o que todos os racionais esperam. Até aí.

SISTEMA ELEITORAL INTELIGENTE

A nossa mídia mais expressiva é pouco criativa. Mais: é extremamente conservadora. Todos devem estar lembrados que, na eleição em que Bush ganhou a presidência dos EUA, os brasileiros estavam tão orgulhosos com o sucesso da urna eletrônica, que preferiram criticar os EUA por precisarem fazer recontagem de votos na Flórida. Esta preocupação deve ter impedido de criticar o nosso sistema e propor mudanças para tornar as nossas eleições mais efetivas. Como, por exemplo, votar por antecipação. Lá nos EUA muita gente já esta fazendo isto para evitar os contratempos do dia 02 de novembro, como viagem, trabalho, etc... Aí no Brasil, enquanto mais se fala no grande obstáculo do segundo turno - o feriadão de finados -, não seria melhor propor uma medida idêntica à dos americanos? Vejam o nosso paradoxo: somos bastante desenvolvidos por ter urnas eletrônicas; ao mesmo tempo somos extremamente subdesenvolvidos a ponto de sequer poder substituir o dever pelo direito do voto, sem falar que também não podemos exercitá-lo por antecipação. Que tal?

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26 out 2004

FEIRA K 2004 ? DÜSSELDORF - ALEMANHA - 2


DO MEDO À EUFORIA

A última Feira K 2001, praticamente não existiu. Realizada 40 dias após o fatídico 11 de setembro que abalou o mundo provocou dois tipos de pânico, na época: o medo de viajar de avião; e o medo de freqüentar ambientes de grande aglomeração. Ambos representavam alto risco. Este sentimento de pavor refletiu, obviamente na K 2001 a ponto de esvaziar completamente o evento. Com isto, esta edição dá uma impressão de que o hiato foi maior, ou seja, de seis anos. Considerando que as economias do mundo todo se aqueceram e a necessidade de acompanhar o desenvolvimento tecnológico, desta vez foi a euforia que deu as caras.

MAGIA OLÍMPICA

No sábado, 23, todos os medalhistas da equipe TEAM KUNSTSTOFF, patrocinados desde 1996 pelas indústrias de plástico alemãs estiveram presentes no Pavilhão 6. Esta equipe, que conquistou 5 ouros, 6 pratas e 1 bronze em Atenas, é hoje a mais importante da Alemanha. Os atletas do TK deram um grande show de apresentação durante duas horas, o que promoveu um enorme congestionamento de pessoas no pavilhão. Fantástico.

FUTEBOL

Por óbvio, o futebol e a Copa do Mundo de 2006 não poderiam faltar na Feira K 2004. O treinador do Bayer Leverkusen, Klaus Augenthaler e alguns de seus jogadores ofereceram um aperitivo do que será o Mundial 2006. Na oportunidade, várias maquetes dos estádios mais modernos da Alemanha, onde os jogos da Copa 2006 serão disputados, foram analisadas e apresentadas. Desde as construções das instalações desportivas às novas propostas arquitetônicas. Quem vê tudo isto marca passagem imediatamente para a Copa 2006.

CRESCIMENTO CONTÍNUO

O plástico é considerado como a matéria prima do século XXI. Em 2003 foram produzidas 221 milhões de toneladas de plástico no mundo todo. Os experts entendem que haverá uma alta de 5% por ano até 2010. O prognóstico é de que a demanda mundial chegue a 250 mm de toneladas e a consumação média individual passará de 28kg em 2003 para 37kg em 2010.

SETOR INDUSTRIAL

Boas perspectivas para o setor industrial em Düsseldorf, cuja feira K existe há 50 anos. Um bom indicativo para a importância da feira é o grande número de expositores, são 2.921, vindos de 53 países. Com uma área de 161.799 m², a feira se subdivide em vários setores claramente definidos: máquinas e equipamentos, matéria prima, produtos semifinalizados e peças técnicas. Tradicionalmente, o setor de máquinas representa o maior grupo de expositores e ocupam cerca 2/3 da área total.

MATERIAL DOS RECORDES

O plástico é o material dos recordes. Onde termina a força física, começa o trabalho dos polímeros para alcançar alguns segundos ou poucos centímetros decisivos. Isto explica aquilo que já foi dito sobre a exposição ?Plásticos?, que mostra o papel chave do plástico no esporte e lazer. A exposição trata principalmente de mostrar a evolução dos materiais esportivos e todas as possibilidades existentes no âmbito do esporte, inclusive para deficientes.

DEMONSTRAÇÃO

Vários esportistas, alguns participantes dos jogos olímpicos de Atenas, estão realizando demonstrações nos equipamentos que foram utilizados nas competições. Entre os shows preferidos pelos visitantes da K está o de saltos de um trampolim com 3 metros de altura onde os atletas caem em uma piscina cheia de bolas de espuma.

RECICLADOS

A quantidade de lixo plástico, assim chamado por ser sucata ou aparas de material industrializado, a cada dia é maior. Portanto, a grande preocupação é usar tudo na reciclagem e fabricar novos produtos. Aí entra a tecnologia para que tudo possa ser aproveitado da melhor forma. A mistura de diferentes materiais plásticos, se ainda trazia dificuldades hoje não é mais assim. Para quem pode importar uma máquina com esta capacidade, obviamente. Uma solução interessante está sendo mostrada aqui: uma máquina que mistura todos os tipos de plástico já usados nas mais diferentes formas (até como lixo hospitalar) e após junta a massa com serragem de madeira. O resultado é um bloco de alta resistência que pode ser usado para diferentes fins. Inclusive na indústria de móveis.

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25 out 2004

FEIRA K 2004 ? DÜSSELDORF - ALEMANHA


TROCANDO DE AMBIENTE

Saio da França, do SIAL 2004, do magnífico show do mundo dos alimentos e entro de corpo inteiro na K 2004, na belíssima Düsseldorf, Alemanha, no fabuloso e imprescindível mundo do plástico. E a primeira impressão, ou melhor, certeza, neste ambiente totalmente repleto de pessoas de todas as nacionalidades, é de que ninguém pode viver hoje sem a presença do plástico. Quer na forma de embalagens para qualquer tipo de produto, quer na construção civil, na fabricação de veículos, computadores, produtos de higiene e limpeza, enfim de tudo que temos contato minuto a minuto. Um espetáculo.

PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA

Nunca vi coisa igual. A participação de brasileiros na K 2004 supera todas as expectativas desta e de outras feiras. O número estimado de brasileiros que estão aqui chega a 4 mil empresários, todos, certamente, com os olhos bem abertos para a tecnologia que está sendo mostrada e vendida. Aliás, esta feira, por acontecer a cada três anos, se caracteriza pelo tempo previsto para que haja inovações suficientes e tendências tecnológicas efetivas para os próximos anos. E este ano está com tudo, pois antes de registrar o crescimento da economia, as embalagens já tomam a dianteira. Isto, pelo que se vê, está acontecendo. É o melhor prenuncio. Tomara.

HISTÓRIA DO PLÁSTICO

O plástico é coisa muito antiga. Segundo dados colhidos aqui na Feira K, as primeiras fórmulas utilizadas para industrializar o plástico datam de 1570. Os alquimistas da época buscavam maneiras de fabricar materiais que pudessem substituir as matérias primas mais caras. Chegavam, inclusive, a tentar fabricar ouro e conseguir deste modo fazer-se ricos a si mesmos e seus mandantes. Se a fabricação do plástico, mesmo naquela época, não requeria tanto esforço, os frutos que passaram a ser colhidos ao longo do tempo, e de forma tão espetacular, é porque a pesquisa e o desenvolvimento nunca pararam. Talvez, por isso, é possível conseguir o ouro por outras formas do uso do plástico.

PRIMEIRA ESCOLHA DOS CAMPEÕES

Como o emprego do plástico e da borracha está revolucionando o mundo dos esportes, no espaço reservado para mostrar tudo isto foi criada uma exposição monográfica, que recebeu o titulo: Plástico ? A Primeira Escolha para Campeões. -. Com esta forma muito inteligente, que foi montada aqui na Feira K, se tem uma noção daquilo que o plástico se propõem para os esportes. O uso do plástico, com certeza, tem conseguido dotar ao material desportivo uma elasticidade extrema e uma grande redução de peso dos equipamentos. E confere aos materiais empregados em estádios e instalações desportivas uma maior resistência. São os chamados materiais que batem recordes.

CARA ESPORTIVA

Quando a força do competidor acaba, aparece o trabalho dos polímeros que buscam conquistar décimos de segundo ou poucos centímetros decisivos para o atleta. Esta é a mensagem da cara esportiva dos plásticos nesta Feira K, que acontece entre os dias 21 e 27 de outubro. Para chamar mais a atenção do público, vários medalhistas olímpicos alemães estão participando e se apresentando diariamente, mostrando e ilustrando a grande importância dos materiais polímeros nos esportes de alta competição.

ESPORTE

Com o término das Olimpíadas de Atenas, e a preparação já em forte curso para a Copa do Mundo de 2006, aqui na Alemanha, os donos da casa foram criativos. Prepararam esta Feira K objetivando mostrar todas as vantagens do plástico no uso esportivo. Portanto, além de tudo aquilo que possa existir aqui para evidenciar a necessidade do plástico como substituto de outras matérias primas, uma programação intensa está reservada para mostrar equipamentos para todas as modalidades de esporte assim como as vantagens que vem representando no seu uso para obter os melhores resultados nas competições.

NÃO HÁ INVÁLIDOS

Os expositores prestam mesmo atenção em tudo. E fazem o máximo de esforço para mostrar a grande evolução que vem sendo obtida para os materiais esportivos, o equipamento técnico e as roupas esportivas. Não perdem de vista, inclusive, os menos capacitados, que antigamente eram chamados de inválidos. Aliás, aí o crescimento dos negócios tem sido enorme pelo aumento constante do número de praticantes das mais variadas modalidades. Todos os fabricantes hoje se propõem a fazer com que todos os interessados possam participar das mais diversas competições.

ESTÁDIO

Um ambiente moderno e animado de um estádio esportivo é o marco que ancora a exposição monográfica. É algo fantástico. Para que possam ter uma idéia, da tribuna, dotada de 100 assento originais de plástico, os assistentes observam as demonstrações e os debates sobre muitas coisas. Desde a maneira com que são feitos os materiais, como várias demonstrações esportivas, como atletismo, esportes aquáticos, esportes de inverno, esportes a motor e vários esportes praticados com bola. Um show de criatividade.

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22 out 2004

SIAL 2004 - FRANÇA - FINAL


POR QUÊ SIAL?

Segundo o chefe do Departamento Comercial da embaixada do Brasil aqui em Paris, o Brasil é um dos maiores exportadores de produtos alimentícios e a nossa presença em forma de pavilhão nacional já se converteu numa tradição. O objetivo comum dos expositores agregados num sólugar é tomar o quanto antes posições em mercados com mais futuro, como a Índia e a China, para quem já somos o primeiro provedor de soja. Ficar fora do Sial, portanto, é ficar fora do alcance imediato dos maiores compradores de alimentos do mundo.

AS REGIÕES DA FRANÇA

A cada edição do Sial é impressionante o dinamismo das Regiões da França. Cada uma com suas características próprias fazem a cabeça dos comerciantes e consumidores. Alsácia, Bretanha, Nord-Pas-de Calais, Córsega, Limousin, Auverge, Poitou-Charentes, etc... , todas mostramorgulhosamente os seus mais diferentes produtos. Com os devidos selos de origem e qualidade, naturalmente. E cada região expositora tem, na sua delegação, um ou mais chefs da cozinha que representa, onde, no próprio stand, são preparados, diariamente, pratos maravilhosos. Um show.

PARTICIPAÇÃO ESTRANGEIRA

Com a entrada de mais 10 paises na Comunidade Européia, a participação estrangeira aumentou neste Sial. Além disso, os asiáticos vieram com força total. Os brasileiros tambémaumentaram bastante a participação assim como os turcos, argentinos, egípcios e sírios. Isto explica o fato de 72% dos expositores serem estrangeiros, de um total de 5200. Pela primeira vez, aqui estão a Bielorrusia, Finlândia, Gabão, Letônia, Servia, e Republica do Yemen.

SIAL D´OR

Produtos e países são beneficiados com o Sial D´or. É o concurso feito para premiar com medalha de ouro os produtos que mais se destacaram. A participação no concurso é a certeza, a garantia de abertura de portas para o mercado europeu. Os vencedores deste ano foram ogrupo Siro da Espanha, com Chips de vegetais elaborados a partir de vegetais 100% naturais e o grupo Lotte do Japão, com um sorvete pronto para beber, semelhante ao milkshake.

OBESIDADE

A obesidade, que já representa um grave problema mundial, está em forte crescimento também na França. O governo quer criar uma taxa de 1,5% sobre a publicidade do setor agroalimentar com o objetivo de fazer um fundo para esclarecimento e educação na alimentação. Os empresários, no entanto, já se posicionaram contra a taxação e alegam que servirá para cobrir outras coisas além da luta contra a obesidade. Dizem que já estão fazendo grandes investimentos em matéria de informação nutricional nas embalagens dos produtos.

INFORMAÇÃO INSUFICIENTE

Em pesquisa realizada pela associação dos consumidores, 64% das pessoas nunca lêem as informações sobre ingredientes e valores nutricionais das embalagens. Entre 1992 e 1997, crianças em idade escolar, de duas cidades do norte da França, receberam uma educação nutricional concreta, visando modificar o comportamento alimentar de toda família. Resultado: a obesidade nestas cidades estabilizou, enquanto que nas outras chegou a dobrar.Isto prova que só as informações das embalagens são insuficientes. A luta contra a obesidade, segundo informações, deverá passar mesmo a ser pedagógica.

OUTONO E PREÇOS EM PARIS

O tempo quase sempre nublado, com chuvas esparsas e temperatura oscilando entre 8 e 14 graus, marca o clima de outono em Paris. Nem por isso os franceses deixam de sair às ruas e lotar os ambientes mais consagrados, como por exemplo, os cafés. O problema, para quem não vive na Europa, é fazer a conversão de reais para euros. Aí é duro. Tudo fica quase impraticável. Um cafezinho custa 3 euros, o que equivale a R$ 11,00. Um chopp de 250 ml sai por 4 euros, ou R$ 15,00. Que tal?

FAZENDO AS MALAS

Estou fechando o meu notebook aqui em Paris, encerrando a minha cobertura do Sial 2004. Saio às pressas em direção a Colônia, Alemanha, para conversar com Gelson Castellan, -Móveis Florense-, que está participando da Orgatek, a grande feira de moveis para escritório que lá acontece. Em seguida parto para Dusseldorf, também na Alemanha, para fazer a cobertura da Feira K, de máquinas para o setor plástico. Lá, encontro com Luiz Hartmann, da Polimarketing. Tudo isso antes das nossas eleições, quando todos precisam votar. Até.

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