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07 jul 2016

UM DEPUTADO PARA CHAMAR DE SEU


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MARCEL, O MEU DEPUTADO

Divido este editorial com outros dois pensadores que integram o Pensar+: Marcel Van Hattem, que também é deputado estadual do RS, e Percival Puggina, editor do site - www.puggina.org -.

A parte que me cabe é mais introdutória e oportuniza um importante esclarecimento quanto às razões que me levam a defender, sistematicamente, as ideias e projetos do deputado Marcel Van Hattem. Pois, para que os leitores saibam,  os pensadores que integram o Pensar+ entenderam, na última eleição, que seria por demais importante eleger (ou ajudar a eleger) um membro do grupo. 

 


RELAÇÃO ELEITOR/ELEITO

Tal decisão foi motivada pela necessidade de exercitar a estreita relação que precisa haver entre ELEITOR e ELEITO, coisa que, infelizmente, tem se mostrado como algo  inexistente na realidade político-eleitoral do nosso País, Estado e Município. 


PARA CHAMAR DE SEU

Na ocasião já estávamos convencidos de que elegendo o Marcel Van Hattem os integrantes do Pensar+ passariam a ter um legítimo e fiel representante na Assembleia Legislativa (Casa do Povo). Como foi exatamente isto que aconteceu sugiro que tal experiência seja copiada por todos os eleitores, para que possam interagir diretamente com os seus parlamentares.

Esta foi a maneira que o Pensar+ construiu para ter um efetivo representante político para poder CHAMAR DE SEU. 


ARTIGO DE MARCEL VAN HATTEM

Aliás, a propósito do programa ESCOLA SEM PARTIDO, de autoria do deputado Marcel Van Hattem, que segue sendo alvo de atenção da sociedade gaúcha e brasileira, principalmente depois de ter sido atacado pelo jornalista Paulo Germano, eis o texto do  nosso (meu) deputado, que a ZH de ontem publicou e a partir de então tirem   suas conclusões: 

"Fui expulso da aula de sociologia por defender o livre mercado e um Estado menor – e a professora, do PC do B, doutrinando os alunos a seguirem Marx e Lenin.” “Induzido sempre pelos professores de História, saí da escola achando que socialismo era paraíso e capitalismo era opressão.” “Já sofri muita doutrinação. Fico à disposição da ZH para relatar tudo.”

Esses relatos são uma pequena amostra de casos de doutrinação ou defesa partidária feita por professores dentro de sala de aula. Retirei essa amostra dos mais de mil comentários que recebi quando solicitei que meus seguidores no Facebook contassem casos de doutrinação. São histórias de uma prática já disseminada em escolas e universidades públicas e privadas.

Paulo Germano, no artigo “A ideologia do professor” (ZH, 2/7), declarou que meu projeto teria como único motivo evitar que professores manifestassem “opinião diferente” da minha. Terrível equívoco! Muito antes pelo contrário: o projeto Escola sem Partido prevê justamente que o professor abranja o conteúdo com pluralidade, abordando todos os diferentes pontos de vista. A ideia é impedir que professores doutrinem ideologicamente seus alunos, garantindo-lhes o direito e o dever de ensinar sobre tudo o que diz respeito à sua matéria. A lei afetará somente a minoria docente que se tem dedicado a moldar suas abordagens, recortando e distorcendo fatos, ocultando boa parte do conteúdo e direcionando os alunos para o brete ideológico ou partidário. A maioria de bons professores, portanto, só tem a ganhar com esse reforço a seus direitos e deveres.

Desde que protocolei o projeto Escola sem Partido, centenas de pais, alunos e professores mandam relatos desesperados, denunciando professores que usam desse expediente ilegal. Pais, alunos e professores precisam de um canal de comunicação para se pronunciarem. É o que estabelece o projeto: a Secretaria da Educação do Estado poderá criar uma ouvidoria para receber as inconformidades e tomar as medidas cabíveis. Tudo por uma escola que forme e informe de forma plural, como deve ser. Simples assim.


ARTIGO DE PERCIVAL PUGGINA

E, para arrematar, eis o que escreveu o pensador Percival Puggina, sobre o rumoroso tema:

Em Zero Hora do último dia 5 de julho, um estudante entrou na esteira aberta pelo jornalista Paulo Germano que escreveu coluna criticando o projeto Escola Sem Partido. A carta desse leitor soma-se a incontáveis relatos que pessoalmente recebi sobre a militância política, ideológica e partidária que usa a sala de aula como concessão para fazer cabeças. Senhores absoluto de tempo e conteúdo, das respostas certas e das notas, os pseudoeducadores militantes têm seu trabalho facilitado pelo material didático igualmente político, ideológico e partidário que o MEC lhes proporciona.

 

 


IDEOLOGIA DE ESQUERDA

Em sua carta à redação de ZH, o estudante mencionado no início deste texto informa que a UFRGS, onde cursa História, "foi tomada por essa ideologia de esquerda. Aulas são canceladas para que os alunos assistam 'aulas democráticas', 'palestras sobre democracia', que sempre começam e terminam com odes ao PT". O acadêmico também poderia ter dito PSol, PSTU, PCdoB. 


FATO SABIDO

É fato sabido que a história das ideias inspiradoras de todos esses partidos não registra a construção de uma única democracia. Igualmente documentado que o PT no poder fez vários ensaios para controlar os meios de comunicação e se valeu de métodos escusos para iludir a população durante os processos eleitorais. O discurso da democracia, portanto, deve ser entendido como outra impostura para perverter a democracia. Não há democracia possível com o polinômio que orienta esses partidos: luta de classes, relativização do direito à propriedade privada, incentivo à violência, construção de hegemonia em bases gramscistas, combate aos valores da civilização ocidental, entre os quais a própria democracia liberal, representativa. 


LEGÍTIMOS RESPONSÁVEIS

Se você, leitor, for chefe de família e puder optar, na escolha do colégio de seus filhos, entre uma escola com partido e uma sem partido, qual das duas teria sua preferência? Desnecessário dizer o que acontece na primeira: é isso que está aí, com alunos cantando revolução e louvando Marighella e Che Guevara. Na outra, indiscutivelmente, maior foco no ensino e na aprendizagem. Na primeira, o preparo de militantes. Na segunda, o preparo para a vida.

Na primeira, o incentivo à desordenada rebeldia. Na segunda, a criatividade positivamente estimulada. Na primeira, as artimanhas do combate político. Na segunda, o desenvolvimento das habilidades e competências para uma vida produtiva. Na primeira, a renitente interpretação marxista dos fatos sociais, políticos e econômicos. Na segunda, o incentivo ao estudo e ao trabalho.

Não devemos esquecer que os pais são os primeiros e mais legítimos responsáveis pela educação dos filhos. Com esta premissa, não creio que muitos desejem para eles uma escola com partido, ainda que seja isso que o poder público lhes proporciona e seja por aí que se tem desviado, também, o ensino particular, vitimado pela mesma contaminação ideológica. Todo apoio, portanto, ao projeto Escola Sem Partido.