HOMENAGENS
Antes de tudo faço aqui um reparo quase que indesculpável: este editorial deveria ter sido tema principal da segunda edição do Ponto Crítico, em 2001, ano de sua criação.
O primeiro editorial, de maneira correta, dediquei a Roberto Campos, falecido naquele mesmo dia (09/10/2001). Com o falecimento do economista, por quem sempre nutri grande admiração, de forma extremamente modesta resolvi dar continuidade à sua pregação em defesa do capitalismo.
AYN RAND
No mesmo nível de importância de pessoas que admiro, eis o reparo: o segundo editorial deveria ter sido escrito para homenagear a filósofa Ayn Rand, a quem hoje, ainda que de forma tardia, mas sempre em tempo, presto as minhas sinceras homenagens.
E, para tanto, nada melhor do que fazer referência a um personagem (John Galt) do romance -A Revolta de Atlas-, considerada uma das mais importantes obras escritas por Ayn Rand.
EM SEGUNDO LUGAR, DEPOIS DA BÍBLIA
Para que tenham uma ideia do sucesso desta obra, a quem desde já recomendo a leitura imediata, em 1991 a biblioteca do Congresso dos EUA recebeu a missão de descobrir qual havia sido o livro que mais influenciara a vida das pessoas. A "Bíblia" ficou com o primeiro lugar; em segundo, "Quem é John Galt?". Que tal?
IMPOTÊNCIA E DESESPERO
Pois, a expressão "Quem é John Galt?", que aparece várias vezes no livro -A Revolta de Atlas-, ou -Atlas Shrugged-, publicado em 1957, se define como uma expressão de impotência e desespero com o estado atual do mundo ficcional da obra.
O mais interessante, no entanto, é que cada palavra e/ou cada linha do livro cabe como uma luva para a situação que vivemos no nosso pobre Brasil.
LIVRO
O livro -Quem é John Galt?- conta uma história onde a esquerda governa parte do mundo e o intervencionismo reina solto (olha aí o nosso pobre país, gente). E o quadro mostra um retrocesso, onde as indústrias começam a falir, as empresas desaparecem, as leis são manipuladas e a corrupção fica desenfreada. Nos permite, claramente, traçar um paralelo de hoje com a história do livro.
Ainda assim, neste triste cenário aparecem empresários e trabalhadores que creem na existência de um modelo econômico baseado na liberdade, nos valores universais de propriedade privada, vida e racionalidade. Na verdadeira busca do indivíduo pela sua felicidade própria.
A RAZÃO É A BASE DE TUDO
John Galt, portanto, não se identifica com um único indivíduo, mas sim com todos aqueles que trilham o seu caminho na procura da realização de seus mais profundos sonhos, buscando, através da RAZÃO, ultrapassar as barreiras porventura surgidas a fim de que não sejam impedidas de continuar sua caminhada.
HOMENAGEM PÓSTUMA
Rand sempre pregou que a mente do homem (razão) é o instrumento básico de sua sobrevivência. Mais:
A vida lhe é concedida, mas não a sobrevivência.
Seu corpo lhe é concedido, mas não o seu sustento.
Sua mente lhe é concedida, mas não o seu conteúdo.
Para permanecer vivo, ele tem de agir, e para que possa agir, ele tem que conhecer a natureza e o propósito de sua ação. Ele não pode obter seu alimento sem conhecer qual é seu alimento e como tem de agir para obtê-lo.
Não pode cavar um buraco, nem construir um ciclotron, sem conhecer seu objetivo e os meios de atingi-lo.
Para permanecer vivo, ele tem de pensar.
Como Ayn Rand já é falecida, presto esta singela homenagem póstuma, que faço em meu nome e de todos os integrantes do grupo Pensar+, que produzem conteúdos com o propósito de mostrar que o caminho da liberdade não é só o melhor, mas o único que pode nos levar a algum sucesso.