SEMENTES QUE PODEM DAR FRUTOSA noite de ontem, por ocasião da abertura do XVIII Fórum da Liberdade, esteve repleta de mensagens e provocações que, obviamente foram feitas para, quem sabe, virem a se tornar em sementes que podem ou não dar frutos. O objetivo é que venham a promover novas atitudes de governo e da sociedade sobre o nosso futuro, que se antevê muito complicado. Ainda mais quando se fala de trabalho no Brasil. Urge uma necessária qualificação do capital humano, cujo custo hoje é fantástico e se mostra incapaz de promover solução no curto e médio prazo.
CAMPANHAS ELEITORAISMesmo que o tema principal devesse despertar mais interesse por parte dos palestrantes, o momento se transformou em oportunidade para que os políticos convidados usassem o espaço para suas campanhas eleitorais. E, neste caso, o discurso de Germano Rigotto já mostrou o que teríamos logo após. O governador escorregou mais uma vez quando resolveu culpar o cambio pelo mau resultado da economia no seu governo. A platéia poderia ter ficado sem a explicação, principalmente num ambiente onde a liberdade cambial é muito enaltecida.
CESAR MAIA, O PRÉ-CANDIDATOA seguir tivemos a apresentação/discurso de César Maia. Que não foi outra coisa senão se colocar como pré-candidato a Presidência da República. Para tanto passou a utilizar de todas as formas para combater o governo Lula, pouco dizendo o que deve ser feito para que o trabalho possa vir a ser menos oneroso para quem contrata. E mais remunerado para quem é contratado. Para ganhar mais adeptos de sua candidatura usou a taxa de juros e cambio para tentar convencer. Nota 7.
NO PARQUE DOS DINOSSAUROSJá o discurso de Roberto Freire, também na abertura do Fórum da Liberdade foi um grande fiasco. Coisa, gente, totalmente retirada das catacumbas. Depois de se dizer curado da doença do socialismo e do comunismo da qual foi portador por mais de dois terços de sua vida, voltou a ter uma recaída. O sinal mais claro de que o mal ainda lhe afeta é que ficou repetindo estar curado.
ENTERRADOEsta foi a impressão deixada ao proferir a sua palestra ontem. Referiu-se ao neoliberalismo no Brasil como uma tentativa fracassada de governo, quando nunca tivemos este tal sistema por aqui. Foi, talvez, uma mera vontade. Mas, que nunca se realizou. Foi lamentável e o publico percebeu que Freire está enterrado com o caixão aberto.
O SHOW DA NOITEA Argentina, com certeza, anda muito por baixo no cenário econômico, pelas trapalhadas de seu presidente Kirchner que anda cheio de ciúmes do Brasil. Mas, acabou sendo um argentino quem deu o show da noite da abertura do Fórum da Liberdade. Ricardo Murphy, que já foi consultor do FMI e do BID, foi o único que preferiu ficar restrito ao tema do Trabalho. Discorreu enfaticamente sobre a necessidade da melhor qualificação do capital humano e do aumento da poupança para que haja mais trabalho e mais empregabilidade no país.
O REBATE DE MURPHYMurphy rebateu, com muita inteligência, as colocações feitas pelo dinossauro Freire. Claramente informou que o plano de governo argentino foi à breca não por ter sido neoliberal, mas porque o governo vizinho resolveu aumentar significativamente os gastos. Aliás, a mesma coisa que aconteceu no Brasil.
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