VELHO COSTUME
Muita gente, depois de manifestar alguma idéia ou proposta, quando percebem que não houve aprovação usam de um velho e esperto costume: dizem que foram mal interpretados. Ou que estavam brincando. Frases oportunistas de gente pouco confiável.
SIMPLES
Ou seja, quando as propostas não promovem reações fortes, ou não são muito criticadas, a ordem é levar em frente. Caso contrario o negócio é bem simples: basta dizer que tudo não passava de uma brincadeira. Ou que houve má interpretação.
PACOTES FISCAIS
Vejam, por exemplo, quantas notícias já foram manifestadas por vários ministros, principalmente Guido Mantega, sobre pacotes fiscais que entende necessário para compensar a perda da CPMF. Como ninguém gostou o esperto já se antecipou: disse que foi mal interpretado.
TIME AFINADO
Entretanto, pouca gente ainda não percebeu que Lula tem um time afinado. Dependendo da reação sobre o que algum ministro diz, muitas vezes a seu pedido, ele entra em cena e desmente. E para dar mais autenticidade à reação até dá um pito no ministro, como que reprovando a declaração má aceita.
MOMENTO ÍMPAR
O fato é que nenhuma das compensações até agora sugeridas pelos governantes, quer em forma de brincadeira ou de má interpretação, fala de uma reforma tributária e fiscal para valer. Embora o enorme atraso das mesmas, este momento seria impar para reformar. Mas isto, infelizmente, o governo não diz nem faz.
CONTRIBUIÇÃO?
Agora vejam que coisa absurda: o ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, em recente entrevista, propõe uma CPMF com alíquota zero. Ora, qual a razão para que seja chamada de contribuição?
OUTRA DENOMINAÇÃO
Ora, se o instrumento é importante para fiscalização e controle fiscal, o que ninguém discute, que seja implantado já, mas sem a denominação -contribuição-. Até para evitar que algum malandro queira alterar a alíquota no futuro.