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05 ago 2020

EFEITOS COLATERAIS?


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ÁLVARO DIAS

Ao longo da campanha eleitoral de 2018 um CANDIDATO que muito me chamou a atenção, por defender um BOM PROGRAMA REFORMISTA para o Brasil, foi o senador Álvaro Dias, cujo vice da chapa do -Podemos-, o economista e pensador Paulo Rabello de Castro, foi, e continua sendo, um árduo defensor da REFORMA TRIBUTÁRIA.  


PROJETO DE LEI

Entretanto, ao me deparar com o esdrúxulo e descabido Projeto de Lei, de autoria do senador Álvaro Dias, que LIMITA A TAXA DE JUROS cobrado pelos créditos ofertados por CARTÕES DE CRÉDITO e CHEQUE ESPECIAL, cuja votação está marcada para amanhã, 5ª feira, tudo aquilo que me chamou a atenção durante a campanha eleitoral foi literalmente por terra. 


UTI ESPECIAL

Se fosse um político do PT, do PSOL, do PDT, e outros partidos da ESQUERDA INCURÁVEL, este estúpido projeto de lei não causaria a mínima surpresa. Porém, como se trata de uma proposta defendida por Álvaro Dias, aí fico com a impressão de que algo muito mais forte do que é atribuído ao CORONAVÍRUS atingiu o cérebro do senador. Ao colocar no seu projeto de LEI aquilo que cabe apenas ao MERCADO, via NEGOCIAÇÃO entre as instituições e os consumidores tomadores de crédito, deixa claro que o senador Álvaro Dias está precisando ser internado numa UTI ESPECIAL.  


MIDAS MULLIGAN

Aliás, ao tomar conhecimento do lamentável projeto lembrei da figura do banqueiro Midas Mulligan, dono do Banco Mulligan, da obra de Ayn Rand -A REVOLTA DE ATLAS-. Diante de uma DECISÃO JUDICIAL determinando que o Banco Mulligan concedesse uma linha de crédito para uma empresa que, segundo o Comitê de Crédito da instituição, não possuía ESCORE SUFICIENTE para tanto, Midas Mulligan tomou a decisão de FECHAR o BANCO MULLIGAN.

Ao ser perguntado, pela sua secretária, sobre o motivo do FECHAMENTO do BANCO, Mulligan respondeu: - Quando um juiz decide quem deve ou não ser financiado, e não o meu Comitê de Crédito, aí não há como dirigir um Banco!


LIMITE DE JUROS

Mais decepcionado ainda fiquei quando vi que a INFAME PROPOSTA do senador Álvaro Dias conta com o apoio do senador Lasier Martins, também do PODEMOS (RS). Dias e Lasier estão convencidos de que os juros cobrados por cartões de crédito e nas linhas de crédito do cheque especial devem ser limitados em 30% ao ano. Pode?  


CONSEQUÊNCIAS

Ao invés de se preocupar com as CAUSAS que determinam os preços cobrados pelas instituições financeiras, os dois senadores só têm olhos voltados para as CONSEQUÊNCIAS.

A propósito, neste particular quem deve ser lembrado é Roberto Campos, ao dizer o seguinte: - Eliminando o crédito subvencionado, descobriríamos o milagre aritmético da média: os juros tenderiam a baixar pela diminuição da procura e pela mudança de expectativa! E o mercado bancário se tornaria mais competitivo, pois os bancos não mais precisariam ser racionados, dado que o governo poderia melhor controlar a base monetária, e cessaria de pressionar o mercado financeiro que reflete fielmente o excesso de demanda de recursos por parte do setor público, quer federal quer estadual.


ESPAÇO PENSAR +

No Espaço Pensar + de hoje texto de Roberto Rachewsky - GREVE EM BUSCA DE PRIVILÉGIOS - https://www.pontocritico.com/espaco-pensar