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07 jul 2005

DÉFICIT ZERO? OU DÉFICIT MIL?


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REAÇÕES BEM CONHECIDAS
Como já se esperava, as propostas para que venhamos a conseguir no futuro um déficit zero nas contas brasileiras tiveram algumas reações. Mesmo desconhecendo o assunto, o prazer de certos, e conhecidos, incompetentes é sempre mandar contra qualquer coisa que possa nos tirar do atoleiro. Enfim, já é evidente que a pretensão da eliminação das causas do nosso endividamento, e, conseqüentemente, dos juros e risco altos praticados no Brasil vai sempre encontrar barreiras complicadas de serem transpostas.
CAOS TOTAL
O curioso é que os mais contrários à necessária decisão de controlar e reduzir as despesas públicas, não são aqueles que mais ganham com os juros altos. São os esquerdistas, que assim se definem por terem a ideologia do atraso e, por isso, não suportam qualquer medida inteligente. O negócio deles, como se sabe, é a pregação contínua de não pagar dívidas e pregar o caos total, infelizmente.
ENLOUQUECIDOS
Na reunião-jantar de anteontem, que discutiu as preliminares para enviar uma PEC ao Congresso, que visou iniciar entendimentos sobre o necessário déficit zero e, quem sabe, um superávit nominal, a reação de vários oposicionistas e, principalmente, dos poucos petistas enlouquecidos que estavam presentes, pode acabar inviabilizando o projeto. Tomara que eu me engane, mas é pouco provável.
RETRÓGRADA
Vejam, por exemplo, a alegação infantil e retrógrada da despreparada deputada Maria do Rosário: esta proposta não contribuiria para aquilo que nós pensamos em fazer, que é uma transição para uma nova política econômica menos ortodoxa e mais vinculada aos interesses da sociedade brasileira. Ou seja, a deputada quer mais gastos e menos economia. Conhece nada de economia e muito de populismo a deputada.
DÉFICIT MIL
Já uma tal de professora Eliana Cardoso foi mais além dizendo: o que é novo é ruim, e o que é bom é velho. Ridículo, não? Principalmente se for considerado que o velho, aqui no Brasil, é só aumentar despesas e impostos. Aliás, ontem, durante o depoimento de Marcos Valério, os restantes deputados conseguiram andar na contramão da idéia ao aprovar uma série de projetos que, todos, aumentam em muito as despesas de governo. De novo: todas. Pior, foram aumentos de salários e de contratações de dois mil servidores para o TSE. Que tal? Alguém acredita em déficit zero? Deste jeito é déficit mil.
OUT-DOOR SOFRÍVEL
A preocupação do vereador de Porto Alegre, Sebastião Melo, do PMDB, de querer aparecer em vários out-doors espalhados pela cidade, pode servir para o colocá-lo em posição ridícula. Primeiro porque mostra não saber distinguir empresas de leasing com bancos. Confundiu tudo. Além disso, o outdoor contém uma pergunta lamentável feita do vereador:
por que os bancos não pagam impostos?
Onde? Quando? Será que Melo não teve a capacidade de ler um balanço sequer de qualquer instituição financeira? Depois muita gente não sabe qual a razão de juros tão altos no Brasil.