O CASO FORD
Dentre várias NOVELAS que competem no dia a dia com a VACINAÇÃO contra o CORONAVÍRUS, uma que ganhou grande notoriedade e interesse geral foi a notícia do ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES INDUSTRIAIS DA FORD no Brasil. Como a decisão tomada pelo board da tradicional multinacional do setor automobilístico pegou todos de SURPRESA. A partir daí o interesse dos brasileiros se voltou para a descoberta dos REAIS MOTIVOS que levaram a montadora a desistir de produzir veículos no Brasil.
CONSUMIDOR
Pois, antes de tudo é preciso lembrar que quem sustenta a produção e/ou a comercialização de qualquer produto ou serviço é o CONSUMIDOR. Quem não consegue seduzir constantemente aqueles que estão no outro lado do balcão sabe, perfeitamente, que terá enorme dificuldade para se manter por muito tempo no SOBERANO MERCADO. Se um ou outro CONSUMIDOR se mostra mais ou menos desatento, o fato é que a maioria, dentro de um setor onde a concorrência é grande, sabe muito bem o que quer.
SUBSÍDIO FISCAL
Vale lembrar que ao longo do governo FHC várias empresas foram seduzidas, pela via TRIBUTÁRIA, a trocar de Estado para sediar novas plantas industriais. Assim, os governantes estaduais que mais concediam subsídios acabavam premiados com a instalação de unidades fabris. Vejam, por exemplo, que o setor coureiro-calçadista migrou em cheio para estados no nordeste e montadoras de veículos abriram fábricas no PR, RS, BA, etc., todas movidas pelo fantástico combustível do SUBSÍDIO FISCAL, que nada mais é do que vantagens financeiras concedidas pelo governo com o propósito de obter resultados econômicos mais vantajosos. Pois, da mesma forma como fizeram os governantes estaduais, a Argentina e o Uruguai fizeram com o Brasil.
NENHUM SUBSÍDIO AO COMPRADOR
O que chama a atenção, ainda que não tenha sido devidamente explorado, é que até hoje NENHUM SUBSÍDIO foi dado ao CONSUMIDOR. Ao contrário, no caso de veículos (para ficar somente dentro do tema NOVELA DA FORD), o maior prejudicado é o COMPRADOR, que paga por DOIS VEÍCULOS e RECEBE APENAS UM.
SEM IMPOSTOS MENORES PARA O CONSUMIDOR
Mesmo que os motivos da saída da Ford não estejam ligados à economia de subsídios fiscais, o fato é que de 2003 a 2018, segundo dados oficiais, a União deixou de arrecadar R$ 40 bilhões em impostos ao conceder benefícios fiscais ao setor automotivo. Mais: em 2019 foram R$ 6,6 bilhões e em 2020, até novembro, foram R$ 2,4 bilhões. No entanto, uma coisa é MAIS DO QUE CERTA: os CONSUMIDORES NÃO FORAM BENEFICIADOS COM IMPOSTOS MENORES. De novo: se tivéssemos uma CARGA TRIBUTÁRIA parecida com a de outros países, o consumo de automóveis, e tudo mais, seria simplesmente fantástico. Sem medo de errar, isto por si só garantiria a existência de mil montadoras no Brasil.
DOIS POR UM
Resumindo: se o CUSTO BRASIL é um grande impeditivo para o nosso crescimento e desenvolvimento, mais ainda é ruim para os CONSUMIDORES brasileiros, que pagam, indistintamente, o preço de DOIS PRODUTOS para poderem levar UM PARA SUAS CASAS.E nem assim os nossos maus congressistas se interessam pelas REFORMAS -TRIBUTÁRIA E ADMINISTRATIVA-.
ESPAÇO PENSAR +
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